DISCENTE: ELAINE SIMONE DA CRUZ SILVA SILVA

DATA: 29/02/2024

HORA: 14:30

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

Petrechos de pesca como resíduo praial em Área de Proteção Ambiental na costa
paraense.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Poluição marinha; Degradação; Resíduos pesqueiros, Bioincrustação, Colonização.

 

PÁGINAS: 64

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os Petrechos de Pesca Abandonados, Perdidos ou Descartados (Abandoned, Lost or
otherwise Discarded Fishing Gear – ALDFG) durante as atividades pesqueiras, representam um
problema global e causam diversos tipos de impactos na fauna aquática. Esses equipamentos
correspondem a pelo menos 640.000 toneladas de resíduos que se acumulam anualmente no oceano.
Em ambiente praial os petrechos de pesca já foram encontrados como uma categoria de resíduos
sólidos. No Norte do Brasil, este é o primeiro estudo a quantificar os ALDFG em praias. O estudo foi
realizado em praias da Ilha de Algodoal que é um polo de pesca artesanal, inserida em uma Área de
Proteção Ambiental. O objetivo é avaliar se há variação espacial e temporal dos ALDFG em diferentes
praias, considerando as diferentes características ambientais, e verificar se há a ocorrência de
organismos associados aos ALDFG. As coletas foram realizadas nos períodos chuvoso e seco (2022),
em quatro praias, sendo selecionados 30 transectos com coletas em três pontos: linha de maré alta,
intermediário e linha de maré baixa (cada quadrante media 10X10 m). Foi realizado cálculo de
densidade dos ALDFG e proposto um Fator de Impacto Ambiental (FIA), considerando o tipo de
ALDFG, sua massa e o ambiente onde foi encontrado. 459 itens de ALDFG foram recolhidos, dentre
estes os principais foram os fragmentos, os cabos elétricos, as cordas e as redes de pesca, com
destaque para o material do tipo nylon e a cor azul. No geral, as praias apresentaram densidade média
de 0,023 (itens/m2) e 0,755 (g/m2) no período chuvoso e de 0,028 (itens/m2) e 0,704 (g/m2) no período
seco, com baixo impacto ambiental (FIA entre 0-1). Mas também se observou pontos com elevados
impactos (FIA = 10 e FIA=7), em pontos com a presença de vegetação e sedimentação arenosa,
respectivamente, o que pode ocasionar o desiquilíbrio da biodiversidade local e do meio ambiente.
Além disto, associados aos ALDFG foram registrados 1.542 organismos pertencentes aos seguintes
grupos, cracas, bivalves, paguros, caranguejos, isópodes, poliquetas, gastrópodes, anêmonas e
pulgas-do-mar, a maioria foram encontrados associados as cordas. Este estudo apresenta, pela
primeira vez, a diversidade de organismos associados aos ALDFG, assim como o uso do cabo elétrico
como um petrecho de pesca utilizado na montagem dos currais na Ilha de Algodoal, Norte do Brasil.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - FABIAN SÃ

Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Externo à Instituição - MARIA CHRISTINA BARBOSA DE ARAUJO

Interno - 956.924.102-06 - RAFAEL ANAISCE DAS CHAGAS - UFPA

Interno - 2628262 - ROSIGLEYSE CORRÊA DE SOUSA FELIX

Presidente - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

 

DISCENTE: JESSICA YAMILA LEIVA WANDSCHEER

DATA: 29/04/2024

HORA: 14:30

LOCAL: PLATAFORMA GOOGLE MEET

TÍTULO:

Perception of Climate Change Impacts and Adaptation Strategies in Coastal
Communities: A Case Study of Resexmar Soure - Amazon coast.

 

PALAVRAS-CHAVES:

vulnerability, adaptive capacity, support systems, Resex.

 

PÁGINAS: 40

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

This research explores the Resexmar Soure community's perspective on climate change and their
adaptation strategies. It examines the intricate relationships between this coastal community and
environmental changes previously attributed to climate change, focusing on their awareness, adaptive
capacity, and ecological and social challenges. The research employed a semi-structured questionnaire
to interview community leaders and local partners to gain insight into the community's perception of
climate change. The survey encompassed the community's exposure and perception of climate change,
their adaptive capacity, and the effectiveness of public policies. Two hundred eighty-eight interviews
were conducted to collect quantitative and qualitative data on the community's experiences and
perceptions. A significant level of awareness about climate change was noted within the Resexmar
Soure Community, including observations of increased temperatures, changes in precipitation patterns,
and biodiversity loss. These environmental changes substantially affect the community's livelihoods,
particularly in fishing and agriculture. Despite facing numerous challenges, the community has
demonstrated resilience and adaptability, for example, through reforestation and innovative fishing
practices. However, there is an urgent need for more inclusive educational programs, policy
development, and support systems to address the community's unique vulnerabilities and
opportunities. The study's findings extend beyond the Resexmar Soure Community, highlighting the
importance of integrating local knowledge and experiences into broader climate change adaptation
strategies. It emphasizes the necessity for a participatory approach in policy formulation and
management, ensuring that adaptation efforts are culturally relevant and scientifically accurate. This
case study will serve as an essential resource for future research and policymaking to enhance the
resilience of coastal communities worldwide to climate change.

 

MEMBROS DA BANCA:

Interno - 1627374 - DIONISO DE SOUZA SAMPAIO

Externo à Instituição - ERICA ANTUNES JIMENEZ

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Presidente - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2628262 - ROSIGLEYSE CORREA DE SOUSA FELIX

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

DISCENTE: MATHEUS PAMPLONA SANTIAGO

DATA: 28/05/2024

HORA: 09:00

LOCAL: LAPMAR

TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO DE MODELO MATEMÁTICO PARA SIMULAÇÃO DE TRANSPORTE DE RESÍDUO PLÁSTICO EM ESTUÁRIO AMAZÔNICO.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Baía do Guajará, D-FLOW, D-WAQ, Resíduo Plástico.

 

 

PÁGINAS: 30

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

O desenvolvimento do plástico no fim do século XIX, iniciado com materiais como a parkesina
e posteriormente a baquelite, evoluiu para uma produção global estimada em 390 milhões de toneladas
de plásticos totalmente sintéticos em 2021. O aumento da demanda por plásticos tem gerado
preocupações ambientais devido à sua persistência nos ecossistemas marinhos. Estima-se que trilhões
de detritos plásticos estejam atualmente flutuando nos oceanos, com milhões de toneladas adicionais
ingressando anualmente por meio de fontes terrestres, como os rios. A pandemia de Covid-19 teve um
impacto transitório na produção global de plásticos, com consequências significativas em países como
o Brasil. Estudos recentes destacam a discrepância entre os modelos de entrada de plástico nos
oceanos e as observações de campo, ressaltando a necessidade de abordagens mais precisas. A
Zona Costeira Amazônica emerge como um local crítico de acúmulo de lixo plástico, especialmente em
áreas vegetadas próximo a grandes centros urbanos. A simulação do transporte de resíduo plástico na
Baía do Guajará visa compreender como esses resíduos interagem com a complexa hidrodinâmica e
forçantes atípicas da região amazônica, incluindo alta descarga fluvial, influência das correntes e
assimetria de maré. O modelo utilizado, validado pelo grupo de modelagem ambiental do LAPMAR,
emprega uma malha regular no módulo D-FLOW para o transporte de resíduos, enquanto o transporte
de plástico é modelado no módulo D-WAQ. Análises de idade da água revelaram que o tempo
estimado para que as águas do rio Tamandaré deixem a Baía do Guajará varia de 9 dias durante o
período chuvoso a mais de 23 dias no período seco. Identificou-se zonas de retenção de resíduos
plásticos ao longo da margem direita da Baía do Guajará, especialmente intensificadas durante o
período de menor vazão.

 

MEMBROS DA BANCA:

Presidente - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Externo à Instituição - MARCIO MACHADO CINTRA

Externo à Instituição - MARIA CHRISTINA BARBOSA DE ARAUJO

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

 

 

 

 

 

DISCENTE: ADRIELLE CAROLINE LOPES

DATA: 21/06/2024

HORA: 09:00

LOCAL: AUDITORIO DO INSTITUTO DE GEOCIENCIAS

TÍTULO:

O USO DE RESÍDUOS PLÁSTICOS NA NIDIFICAÇÃO DE
Psarocolius decumanus (PASSERIFORMES: ICTERIDAE) NA COSTA AMAZÔNICA,
BRASIL.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia brasileira; Aves; resíduos marinhos;

 

PÁGINAS: 85

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os detritos antropogênicos estão presentes em todos os ambientes e impactam
negativamente a biota. Neste estudo, caracterizamos e quantificamos os detritos plásticos que
foram incorporados aos ninhos de Psarocolius decumanus (Passeriformes: Icteridae),
avaliando o tipo, cor e peso dos detritos presentes nos ninhos. O plástico esteve presente em
66,67% dos ninhos analisados e a cor predominante dos detritos foi o azul. O tipo de plástico
mais encontrado foi principalmente fibras emaranhadas e cordas. Embora existam vantagens
potenciais do uso de plástico na construção de ninhos, como reforçar a estrutura do ninho, é
crucial reconhecer os riscos potenciais associados à fibra plástica. P. decumanus utiliza
quantidades significativas de plástico marinho como material de nidificação, mostrando
preferência por cordas e fibras azuis. Sendo um dos locais de recolha um manguezal, não foi
surpreendente que a maior contribuição de restos de ninhos tenha vindo de fontes marinhas.
Além disso, é provável que a prevalência das cores dos ninhos tenha sido influenciada pela
abundância de itens de cor azul no ambiente circundante.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - DAIANE EVANGELISTA AVIZ DA SILVA

Externo ao Programa - 037.934.473-40 - GABRIELA SILVA RIBEIRO GONÇALVES - UFPA

Presidente - 1717330 - JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO

Interno - 1649237 - LILIAN LUND AMADO

Externo à Instituição - MARCO AURÉLIO CROZARIOL

Externo ao Programa - 012.954.042-06 - TAMYRIS PEGADO DE SOUZA E SILVA - UFPA

 

DISCENTE: ALESSANDRO FERREIRA DOS SANTOS

DATA: 29/08/2024

HORA: 09:00

LOCAL: Auditório do Instituto de Geociências

TÍTULO:

ANÁLISE MULTITEMPORAL DA LINHA DE COSTA DA PONTA D’AREIA, ILHA DO
MARANHÃO: DIAGNÓSTICO DA VULNERABILIDADE À EROSÃO.

 

PALAVRAS-CHAVES:

zona costeira; vulnerabilidade costeira, obras de proteção costeira.

 

PÁGINAS: 102

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

A zona costeira é definida como o espaço geográfico de transição entre o oceano e o
continente. No Estado do Maranhão ela possui 5 setores, dentre eles o Golfão Maranhense. A praia da
Ponta D’Areia se localiza a noroeste da ilha do Maranhão, compondo este setor onde ocorrem marés de
até 7,2 m de altura. A praia possui aproximadamente 2,5 km de extensão, sendo limitada pelo Rio Anil e
pela praia de São Marcos. Em 2014 houve o término da construção de um espigão costeiro na praia da
Ponta D’Areia, com o intuito de conter a erosão nela e impedir o assoreamento em direção ao Rio Anil.
Neste contexto, para esta pesquisa foram feitos os seguintes questionamentos: (a) Como variou a linha
de costa no decorrer de 27 anos? (b) Quais os setores erosivos, deposicionais e estáveis do ponto de
vista morfodinâmico, considerando o período antes e depois da construção do espigão costeiro na praia?
Acredita-se que a obra de engenharia rígida conteve o assoreamento da embocadura do Rio Anil, mas
implicou na continuidade da ação erosiva no extremo nordeste da praia. Sendo assim, o objetivo desta
pesquisa foi a análise multitemporal da linha de costa da Ponta D’Areia no período de 1996-2022 e a sua
vulnerabilidade atual à erosão. A metodologia consistiu na: (1) análise observacional in loco para o
preenchimento de tabelas pré-definidas, referentes aos geoindicadores de erosão costeira, e coleta de
sedimentos superficiais de praia em novembro/2022 e abril/2023, estação climática seca e chuvosa,
respectivamente; (2) levantamento da topografia praial e obtenção de ortofotos por meio de sobrevoo
com drone em abril/2023; (3) análise multitemporal da linha de costa de 1996 a 2022, por imagens do
satélite Landsat, software ArcGIS e extensão Digital Shoreline Analysis System (DSAS), bem como a
previsão da linha de costa para 10 e 20 anos posteriores; (4) aplicação de índice de vulnerabilidade
costeira à erosão (IVC) em três setores da costa, por meio da avaliação dos parâmetros naturais e de
parâmetros antrópicos relacionados a vegetação e as obras de engenharia, obtidos para a linha de costa
da praia da Ponta D’Areia. Os resultados mostram variações de -64,63 m (-3,46 m/ano) a 32,15 m (2,39

m/ano) na linha de costa de 1996 a 2022, com previsão para 2032 de 157,76 m (4,94 m/ano) de avanço
e -123,26 m (-3,68 m/ano) de recuo e a previsão para 2042 de 101,93 m (1,48 m/ano) de avanço e -
141,35 m (-1,63m/ano) de recuo. Identificou-se o estado morfodinâmico de praia dissipativa através do
mapeamento topográfico com drone e vulnerabilidade à erosão costeira no setor I, o setor da marina,

que apresentou o menor IVC: 4, indicando vulnerabilidade moderada. No setor II, setor espigão, obteve-
se o segundo maior IVC: 6,37 (vulnerabilidade moderada) e, no setor III, setor do Farol, com IVC: 6,8

apontando vulnerabilidade alta. Foi possível observar como os processos meteo-oceanográficos (ondas,
deriva litorânea, correntes de maré, ventos e descarga estuarina) estão resultando na variação da linha
de costa, assim como as interferências humanas (ocupação na linha de costa e construção de estruturas
rígidas). A acreção costeira se intensificou na praia após a intervenção antrópica com a construção do
espigão. Conclui-se que a análise multitemporal da linha de costa da área de estudo entre 1996 e 2022,
revelou variações significativas, influenciadas por fatores naturais e antrópicos, porém, mesmo com as
interferências humanas para conter a ação dos agentes meteo-oceanográficos, os processos naturais
continuam dominantes na dinâmica natural da região e são os principais responsáveis pela sedimentação
praial.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo ao Programa - 2360466 - ESTEVAO JOSE DA SILVA BARBOSA

Presidente - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Externo à Instituição - MILENA MARILIA NOGUEIRA DE ANDRADE

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO