DISCENTE: ELAINE SIMONE DA CRUZ SILVA SILVA

DATA: 29/02/2024

HORA: 14:30

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

Petrechos de pesca como resíduo praial em Área de Proteção Ambiental na costa
paraense.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Poluição marinha; Degradação; Resíduos pesqueiros, Bioincrustação, Colonização.

 

PÁGINAS: 64

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os Petrechos de Pesca Abandonados, Perdidos ou Descartados (Abandoned, Lost or
otherwise Discarded Fishing Gear – ALDFG) durante as atividades pesqueiras, representam um
problema global e causam diversos tipos de impactos na fauna aquática. Esses equipamentos
correspondem a pelo menos 640.000 toneladas de resíduos que se acumulam anualmente no oceano.
Em ambiente praial os petrechos de pesca já foram encontrados como uma categoria de resíduos
sólidos. No Norte do Brasil, este é o primeiro estudo a quantificar os ALDFG em praias. O estudo foi
realizado em praias da Ilha de Algodoal que é um polo de pesca artesanal, inserida em uma Área de
Proteção Ambiental. O objetivo é avaliar se há variação espacial e temporal dos ALDFG em diferentes
praias, considerando as diferentes características ambientais, e verificar se há a ocorrência de
organismos associados aos ALDFG. As coletas foram realizadas nos períodos chuvoso e seco (2022),
em quatro praias, sendo selecionados 30 transectos com coletas em três pontos: linha de maré alta,
intermediário e linha de maré baixa (cada quadrante media 10X10 m). Foi realizado cálculo de
densidade dos ALDFG e proposto um Fator de Impacto Ambiental (FIA), considerando o tipo de
ALDFG, sua massa e o ambiente onde foi encontrado. 459 itens de ALDFG foram recolhidos, dentre
estes os principais foram os fragmentos, os cabos elétricos, as cordas e as redes de pesca, com
destaque para o material do tipo nylon e a cor azul. No geral, as praias apresentaram densidade média
de 0,023 (itens/m2) e 0,755 (g/m2) no período chuvoso e de 0,028 (itens/m2) e 0,704 (g/m2) no período
seco, com baixo impacto ambiental (FIA entre 0-1). Mas também se observou pontos com elevados
impactos (FIA = 10 e FIA=7), em pontos com a presença de vegetação e sedimentação arenosa,
respectivamente, o que pode ocasionar o desiquilíbrio da biodiversidade local e do meio ambiente.
Além disto, associados aos ALDFG foram registrados 1.542 organismos pertencentes aos seguintes
grupos, cracas, bivalves, paguros, caranguejos, isópodes, poliquetas, gastrópodes, anêmonas e
pulgas-do-mar, a maioria foram encontrados associados as cordas. Este estudo apresenta, pela
primeira vez, a diversidade de organismos associados aos ALDFG, assim como o uso do cabo elétrico
como um petrecho de pesca utilizado na montagem dos currais na Ilha de Algodoal, Norte do Brasil.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - FABIAN SÃ

Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Externo à Instituição - MARIA CHRISTINA BARBOSA DE ARAUJO

Interno - 956.924.102-06 - RAFAEL ANAISCE DAS CHAGAS - UFPA

Interno - 2628262 - ROSIGLEYSE CORRÊA DE SOUSA FELIX

Presidente - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

 

DISCENTE: JESSICA YAMILA LEIVA WANDSCHEER

DATA: 29/04/2024

HORA: 14:30

LOCAL: PLATAFORMA GOOGLE MEET

TÍTULO:

Perception of Climate Change Impacts and Adaptation Strategies in Coastal
Communities: A Case Study of Resexmar Soure - Amazon coast.

 

PALAVRAS-CHAVES:

vulnerability, adaptive capacity, support systems, Resex.

 

PÁGINAS: 40

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

This research explores the Resexmar Soure community's perspective on climate change and their
adaptation strategies. It examines the intricate relationships between this coastal community and
environmental changes previously attributed to climate change, focusing on their awareness, adaptive
capacity, and ecological and social challenges. The research employed a semi-structured questionnaire
to interview community leaders and local partners to gain insight into the community's perception of
climate change. The survey encompassed the community's exposure and perception of climate change,
their adaptive capacity, and the effectiveness of public policies. Two hundred eighty-eight interviews
were conducted to collect quantitative and qualitative data on the community's experiences and
perceptions. A significant level of awareness about climate change was noted within the Resexmar
Soure Community, including observations of increased temperatures, changes in precipitation patterns,
and biodiversity loss. These environmental changes substantially affect the community's livelihoods,
particularly in fishing and agriculture. Despite facing numerous challenges, the community has
demonstrated resilience and adaptability, for example, through reforestation and innovative fishing
practices. However, there is an urgent need for more inclusive educational programs, policy
development, and support systems to address the community's unique vulnerabilities and
opportunities. The study's findings extend beyond the Resexmar Soure Community, highlighting the
importance of integrating local knowledge and experiences into broader climate change adaptation
strategies. It emphasizes the necessity for a participatory approach in policy formulation and
management, ensuring that adaptation efforts are culturally relevant and scientifically accurate. This
case study will serve as an essential resource for future research and policymaking to enhance the
resilience of coastal communities worldwide to climate change.

 

MEMBROS DA BANCA:

Interno - 1627374 - DIONISO DE SOUZA SAMPAIO

Externo à Instituição - ERICA ANTUNES JIMENEZ

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Presidente - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2628262 - ROSIGLEYSE CORREA DE SOUSA FELIX

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

DISCENTE: MATHEUS PAMPLONA SANTIAGO

DATA: 28/05/2024

HORA: 09:00

LOCAL: LAPMAR

TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO DE MODELO MATEMÁTICO PARA SIMULAÇÃO DE TRANSPORTE DE RESÍDUO PLÁSTICO EM ESTUÁRIO AMAZÔNICO.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Baía do Guajará, D-FLOW, D-WAQ, Resíduo Plástico.

 

 

PÁGINAS: 30

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

O desenvolvimento do plástico no fim do século XIX, iniciado com materiais como a parkesina
e posteriormente a baquelite, evoluiu para uma produção global estimada em 390 milhões de toneladas
de plásticos totalmente sintéticos em 2021. O aumento da demanda por plásticos tem gerado
preocupações ambientais devido à sua persistência nos ecossistemas marinhos. Estima-se que trilhões
de detritos plásticos estejam atualmente flutuando nos oceanos, com milhões de toneladas adicionais
ingressando anualmente por meio de fontes terrestres, como os rios. A pandemia de Covid-19 teve um
impacto transitório na produção global de plásticos, com consequências significativas em países como
o Brasil. Estudos recentes destacam a discrepância entre os modelos de entrada de plástico nos
oceanos e as observações de campo, ressaltando a necessidade de abordagens mais precisas. A
Zona Costeira Amazônica emerge como um local crítico de acúmulo de lixo plástico, especialmente em
áreas vegetadas próximo a grandes centros urbanos. A simulação do transporte de resíduo plástico na
Baía do Guajará visa compreender como esses resíduos interagem com a complexa hidrodinâmica e
forçantes atípicas da região amazônica, incluindo alta descarga fluvial, influência das correntes e
assimetria de maré. O modelo utilizado, validado pelo grupo de modelagem ambiental do LAPMAR,
emprega uma malha regular no módulo D-FLOW para o transporte de resíduos, enquanto o transporte
de plástico é modelado no módulo D-WAQ. Análises de idade da água revelaram que o tempo
estimado para que as águas do rio Tamandaré deixem a Baía do Guajará varia de 9 dias durante o
período chuvoso a mais de 23 dias no período seco. Identificou-se zonas de retenção de resíduos
plásticos ao longo da margem direita da Baía do Guajará, especialmente intensificadas durante o
período de menor vazão.

 

MEMBROS DA BANCA:

Presidente - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Externo à Instituição - MARCIO MACHADO CINTRA

Externo à Instituição - MARIA CHRISTINA BARBOSA DE ARAUJO

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

 

 

 

 

 

DISCENTE: ADRIELLE CAROLINE LOPES

DATA: 21/06/2024

HORA: 09:00

LOCAL: AUDITORIO DO INSTITUTO DE GEOCIENCIAS

TÍTULO:

O USO DE RESÍDUOS PLÁSTICOS NA NIDIFICAÇÃO DE
Psarocolius decumanus (PASSERIFORMES: ICTERIDAE) NA COSTA AMAZÔNICA,
BRASIL.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia brasileira; Aves; resíduos marinhos;

 

PÁGINAS: 85

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os detritos antropogênicos estão presentes em todos os ambientes e impactam
negativamente a biota. Neste estudo, caracterizamos e quantificamos os detritos plásticos que
foram incorporados aos ninhos de Psarocolius decumanus (Passeriformes: Icteridae),
avaliando o tipo, cor e peso dos detritos presentes nos ninhos. O plástico esteve presente em
66,67% dos ninhos analisados e a cor predominante dos detritos foi o azul. O tipo de plástico
mais encontrado foi principalmente fibras emaranhadas e cordas. Embora existam vantagens
potenciais do uso de plástico na construção de ninhos, como reforçar a estrutura do ninho, é
crucial reconhecer os riscos potenciais associados à fibra plástica. P. decumanus utiliza
quantidades significativas de plástico marinho como material de nidificação, mostrando
preferência por cordas e fibras azuis. Sendo um dos locais de recolha um manguezal, não foi
surpreendente que a maior contribuição de restos de ninhos tenha vindo de fontes marinhas.
Além disso, é provável que a prevalência das cores dos ninhos tenha sido influenciada pela
abundância de itens de cor azul no ambiente circundante.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - DAIANE EVANGELISTA AVIZ DA SILVA

Externo ao Programa - 037.934.473-40 - GABRIELA SILVA RIBEIRO GONÇALVES - UFPA

Presidente - 1717330 - JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO

Interno - 1649237 - LILIAN LUND AMADO

Externo à Instituição - MARCO AURÉLIO CROZARIOL

Externo ao Programa - 012.954.042-06 - TAMYRIS PEGADO DE SOUZA E SILVA - UFPA

 

DISCENTE: ALESSANDRO FERREIRA DOS SANTOS

DATA: 29/08/2024

HORA: 09:00

LOCAL: Auditório do Instituto de Geociências

TÍTULO:

ANÁLISE MULTITEMPORAL DA LINHA DE COSTA DA PONTA D’AREIA, ILHA DO
MARANHÃO: DIAGNÓSTICO DA VULNERABILIDADE À EROSÃO.

 

PALAVRAS-CHAVES:

zona costeira; vulnerabilidade costeira, obras de proteção costeira.

 

PÁGINAS: 102

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

A zona costeira é definida como o espaço geográfico de transição entre o oceano e o
continente. No Estado do Maranhão ela possui 5 setores, dentre eles o Golfão Maranhense. A praia da
Ponta D’Areia se localiza a noroeste da ilha do Maranhão, compondo este setor onde ocorrem marés de
até 7,2 m de altura. A praia possui aproximadamente 2,5 km de extensão, sendo limitada pelo Rio Anil e
pela praia de São Marcos. Em 2014 houve o término da construção de um espigão costeiro na praia da
Ponta D’Areia, com o intuito de conter a erosão nela e impedir o assoreamento em direção ao Rio Anil.
Neste contexto, para esta pesquisa foram feitos os seguintes questionamentos: (a) Como variou a linha
de costa no decorrer de 27 anos? (b) Quais os setores erosivos, deposicionais e estáveis do ponto de
vista morfodinâmico, considerando o período antes e depois da construção do espigão costeiro na praia?
Acredita-se que a obra de engenharia rígida conteve o assoreamento da embocadura do Rio Anil, mas
implicou na continuidade da ação erosiva no extremo nordeste da praia. Sendo assim, o objetivo desta
pesquisa foi a análise multitemporal da linha de costa da Ponta D’Areia no período de 1996-2022 e a sua
vulnerabilidade atual à erosão. A metodologia consistiu na: (1) análise observacional in loco para o
preenchimento de tabelas pré-definidas, referentes aos geoindicadores de erosão costeira, e coleta de
sedimentos superficiais de praia em novembro/2022 e abril/2023, estação climática seca e chuvosa,
respectivamente; (2) levantamento da topografia praial e obtenção de ortofotos por meio de sobrevoo
com drone em abril/2023; (3) análise multitemporal da linha de costa de 1996 a 2022, por imagens do
satélite Landsat, software ArcGIS e extensão Digital Shoreline Analysis System (DSAS), bem como a
previsão da linha de costa para 10 e 20 anos posteriores; (4) aplicação de índice de vulnerabilidade
costeira à erosão (IVC) em três setores da costa, por meio da avaliação dos parâmetros naturais e de
parâmetros antrópicos relacionados a vegetação e as obras de engenharia, obtidos para a linha de costa
da praia da Ponta D’Areia. Os resultados mostram variações de -64,63 m (-3,46 m/ano) a 32,15 m (2,39

m/ano) na linha de costa de 1996 a 2022, com previsão para 2032 de 157,76 m (4,94 m/ano) de avanço
e -123,26 m (-3,68 m/ano) de recuo e a previsão para 2042 de 101,93 m (1,48 m/ano) de avanço e -
141,35 m (-1,63m/ano) de recuo. Identificou-se o estado morfodinâmico de praia dissipativa através do
mapeamento topográfico com drone e vulnerabilidade à erosão costeira no setor I, o setor da marina,

que apresentou o menor IVC: 4, indicando vulnerabilidade moderada. No setor II, setor espigão, obteve-
se o segundo maior IVC: 6,37 (vulnerabilidade moderada) e, no setor III, setor do Farol, com IVC: 6,8

apontando vulnerabilidade alta. Foi possível observar como os processos meteo-oceanográficos (ondas,
deriva litorânea, correntes de maré, ventos e descarga estuarina) estão resultando na variação da linha
de costa, assim como as interferências humanas (ocupação na linha de costa e construção de estruturas
rígidas). A acreção costeira se intensificou na praia após a intervenção antrópica com a construção do
espigão. Conclui-se que a análise multitemporal da linha de costa da área de estudo entre 1996 e 2022,
revelou variações significativas, influenciadas por fatores naturais e antrópicos, porém, mesmo com as
interferências humanas para conter a ação dos agentes meteo-oceanográficos, os processos naturais
continuam dominantes na dinâmica natural da região e são os principais responsáveis pela sedimentação
praial.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo ao Programa - 2360466 - ESTEVAO JOSE DA SILVA BARBOSA

Presidente - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Externo à Instituição - MILENA MARILIA NOGUEIRA DE ANDRADE

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

DISCENTE: ALINE DE CASTRO VITELLI

DATA: 22/08/2023

HORA: 14:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

MORFODINÂMICA DA PRAIA ESTUARINA DO CARIPI
(BARCARENA/PARÁ - AMAZÔNIA ORIENTAL): ATRAVÉS DO APORTE
EXPERIMENTAL DA AEROFOTOGRAMETRIA COM DRONE.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Monitoramento com Drone; Morfodinâmica Costeira; Erosão e deposição; Transito Sedimentar; Orlas Costeiras.

 

PÁGINAS: 130

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

As praias estuarinas são dinâmicas e sensíveis às forçantes naturais (ventos, sazonalidade, ondas, corrente fluvial e de maré) e/ou antrópicas (habitação, lazer, atividades portuárias). Atuam como faixa protetora a impactos das ondas e marés, estando sujeitas a riscos erosivos e variabilidade morfológica. A praia estuarina do Caripi, localizada na zona costeira paraense, inserida no setor continental estuarino, apresentando 1,20 km de extensão e 100 m de largura sob dinâmica de marés semidiurnas. O objetivo deste trabalho é avaliar a técnica de fotogrametria sob o auxílio do GNSS e do UAV com o PPK para investigar as mudanças morfológicas durante o período (Chuvoso e Seco/2022) sob influência do evento climático-oceanico La Ninã. A metodologia desta pesquisa foi baseada na aquisição de dados: (1) levantamento de perfis topográficos mediante o uso de drone através da fotogrametria; (2) coleta de sedimentos superficiais recentes (supra, inter e inframaré); (3) aquisição de amostras provenientes do trânsito sedimentar, mediante uso de Traps Portáteis de Kraus (1987) na zona de surf; (4) medições de altura de ondas e ventos, além de (5) analise dos índices de precipitação do ano de 2022 pela base de dados do INMET. As análises topográficas dos perfis de praia a partir da aerofotogrametria, determinou que no ano de 2022 a Praia do caripi apresentou estágios/estados morfodinâmicos de praia reflectiva/reflexiva ao estado dissipativo, sendo os estados intermediário e dissipativo de maior permanência, com declividades que variam (3,2°) a ( 1,4°) ; composta por sedimentos arenosos finos (2,40φ) com maior dominância (85%) no chuvoso e (56%) no seco, tanto na faixa de areia exposta quanto nas obtidas do transporte longitudinal (zona de surf), com morfometria angulosa a sub-angulosas, sendo a hidrodinâmica local (efeito das marés) uma das forçantes atuantes no retrabalhamento dos sedimentos, associados aos ventos e precipitação. Sendo assim, foi possivel identificar que a qualidade dos produtos obtidos através da fotogrametria com drone, atraves da analise de erro posicional altimétrico (0,17 cm) que enquadra-se na classe A daescala 1:2000 de acordo com a (PEC-PCD - Padrão de Exatidão Cartográfica) e destacar a importância dos pontos de controle para o aumento da qualidade posicional dos produtos, mostrando-se necessário o uso destes.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - JORGE HAMILTON SOUZA DOS SANTOS

Externo à Instituição - JULIANA DE SA GUERREIRO

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Presidente - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Externo à Instituição - MARIA DE LOURDES SOUZA SANTOS

Externo à Instituição - VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO

 

DISCENTE: LEANDRO MASAYUKI LUSTOSA OKAJIMA

DATA: 31/03/2023

HORA: 14:00

LOCAL: Auditório do Instituto de Geociências

TÍTULO:

MODELAGEM HIDRODINÂMICA APLICADA PARA CANAL DE MARÉ EM
AMBIENTE ESTUARINO AMAZÔNICO.

 

PALAVRAS-CHAVES:

D-Flow FM. Malha flexível. Estuário. Canal de maré. Marés.

 

PÁGINAS: 70

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os sistemas hídricos da Amazônia são complexos, devido a dinâmica e conexão que rios, canais e
estuários possuem entre si. Nesse contexto encontra-se o furo do Arrozal, um canal de maré que
conecta dois sistemas, o estuário do rio Pará ao Canal Carnapijó. O presente estudo tem como objetivo
entender o papel dos canais de maré na troca do fluxo com sistemas maiores através da
implementação de um modelo hidrodinâmico 2D no setor continental estuarino da zona costeira
paraense. Para isso, será utilizado o modelo D-Flow Flexible Mesh para criar malhas flexíveis que
abranjam o furo do Arrozal e os sistemas hídricos que o cercam. Com o intuito de melhor representar o
ambiente através do modelo, foram feitas medições batimétricas e maregráficas na região interna do
furo do Arrozal, dados esses que foram utilizados para a criação do modelo hidrodinâmico. O modelo
apresentou uma boa calibração, tendo um erro de até 9% para o nível de maré. Foi observado que o
furo do Arrozal é dominado de micro a mesomaré. Apesar da distância de 15 km entre os pontos de
medição, não houve defasagem de maré. Tanto no período de quadratura quanto o de sizígia foi
observada a predominância do fluxo de água indo do estuário do rio Pará para o canal do Carnapijó.
Durante o período de quadratura, a velocidade do fluxo na região interna do furo do Arrozal não
ultrapassou os 0,2 m/s, já na sizígia foi observado velocidades de até 0,4 m/s. Assim, concluiu-se que o
furo do Arrozal, assim como outros canais de maré, possui relevância no transporte hídrico e
consequentemente de sedimentos, nutrientes e possíveis poluentes presentes na região.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - FERNANDA MINIKOWSKI ACHETE

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 1509135 - NILS EDVIN ASP NETO

Presidente - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

Interno - 859.284.372-34 - THAIS ANGELICA DA COSTA BORBA - UFPA

 

DISCENTE: RAFAELE DA SILVA SAMPAIO

DATA: 13/04/2023

HORA: 14:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

"INFLUÊNCIA HIDROLÓGICA NA DINÂMICA MULTI-TEMPORAL (1995-2021) DA LINHA FLUVIAL NA REGIÃO DE SANTARÉM (BAIXO AMAZONAS/PARÁ)".

 

PALAVRAS-CHAVES:

Baixo Amazonas; Linha fluvial; Terras Caídas; DSAS; Mann-Kendall.

 

PÁGINAS: 50

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

A Bacia Amazônica apresenta uma complexa dinâmica influenciada por componentes
fluviométricos (cota, vazão) e meteorológicos (pluviosidade, clima, eventos extremos). Também
ocorrem fenômenos conhecidos regionalmente como Terras Caídas e Crescidas que são
desbarrancamentos nas margens do rio Amazonas que acontecem em trechos margeados por
depósitos fluviais e elevações do nível da terra. Estes afetam a linha fluvial (LF) das margens. Foram
realizadas análises das condicionantes hidrometeorológicas, determinando as variabilidades temporais
e espaciais dos aspectos meteorológicos (temperatura e precipitação), hidrológicos (vazão e cota
fluviométrica), destacando anomalias ENOS (El Nino e La Nina). E a identificação dos locais que
sofrem com os processos de erosão e/ou acreção da LF para observar as mudanças ocorridas nas
margens. A área de trabalho situa-se na região oeste do estado de Pará, na mesorregião do Baixo
Amazonas, na microrregião de Santarém e na margem direita do rio Tapajós, na sua confluência com o
rio Amazonas. Para alcançar os resultados foi realizada a aquisição de dados de séries de
precipitação, vazão e cotas dos rios (de 1955 a 2021) e imagens de satélite Landsat (1995; 2000; 2008;
2015 e 2021). Foram utilizados os softwares R Studio e Minitab para a análise de tendências através
do teste não paramétrico de Mann-Kendall e o Digital Shoreline Analysis System (DSAS) para
identificar mudanças da LF com os parâmetros NSM, LRR e EPR no período de 26 anos de análise.
Ocorreram tendências positivas na vazão e no nível do rio Amazonas e houve a estacionariedade dos
dados pluviométricos. O setor I do rio Amazonas apontou tendência maior à erosão, com taxa média de
erosão de -381,49 m e taxa média de acreção de 244,81 m, as taxas médias de variação são de -6,49
m/ano (EPR) e -7,15 m/ano (LRR). O setor II do rio Amazonas é altamente erosivo com taxa média de
erosão de -148,56 m e taxa média de acreção de 34,29 m, as taxas médias de variação de -4,76 m/ano
(EPR) e 5,34 m/ano (LRR). O setor do rio Tapajós tem um comportamento erosivo na margem
esquerda e de acreção na margem direita com taxas médias de erosão e de acreção respectivamente
de -40,54 m e 21,49 m, as taxas médias de variação de -1,22 m/ano (EPR) e -1,28 m/ano (LRR). Nas
áreas de várzea (setor I e II do rio Amazonas), formada pela Planície Amazônica, as taxas tanto de
erosão quanto de acreção são maiores se comparado às áreas formadas pelos Patamares do Tapajós
(setor do rio Tapajós).

 

MEMBROS DA BANCA:

Presidente - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

Externo à Instituição - MARIA DE LOURDES SOUZA SANTOS

Externo à Instituição - NORBERTO OLMIRO HORN FILHO

Externo à Instituição - VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO

 

 

DISCENTE: RHUAN RODRIGO PEREIRA E SILVA

DATA: 21/08/2023

HORA: 15:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

Análise Multitemporal (1991- 2021) Da Linha De Costa (Trecho De Calçoene - Cabo Norte), Costa Atlântica Do Estado Do Amapá

 

PALAVRAS-CHAVES:

Amapá; Amazônia, Linha de Costa; DSAS, Hipermaré.

 

PÁGINAS: 145

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

A Linha de Costa (LC) é, altamente dinâmica, em virtude da sua posição geográfica adjacente à foz do estuário do rio Amazonas. Nesta região se destacam forçantes meteorológicas, com clima equatorial semiúmido, índice pluviométrico (> 2.600 mm/ano), ventos (3 a 9 m/s), eventos extremos (El Nino, 1997/1998 e 2015/2016; e La Nina, 1999/2000 e 2010/2011), forçantes hidrológicas (descargas hídrica e sólida do rio Amazonas, 175,000 m³.s-1 e 1,200 Mt/ano, respectivamente), e oceanográficas (hipermaré - até 12 m, correntes de maré - 2 m/s, ondas – até 3 m de altura e velocidade de até 3 m/s). O trabalho objetiva analisar a variação multitemporal (1991 a 2021) da LC, entre a foz dos estuários dos rios Calçoene e Sucuriju; e na Estação Ecológica Maracá-Jipioca. A metodologia contempla: (1) levantamento bibliográfico, (2) aquisição de imagens do satélite LANDSAT (anos de 1991, 2000, 2008, 2014 e 2021); e (3) vetorização da LC e aplicação do DSAS para quantificar as áreas de acreção e de erosão (m) da LC e determinar as taxas de recuo e avanço (m/ano e m²/ano), entre a foz dos estuários dos rios Calçoene e Sucuriju; e a criação de polígonos de mudança na Estação Ecológica MaracáJipioca. A dinâmica erosiva foi predominante na área de estudo com recuo médio da LC de 12 m/ano e 1,4 km² de erosão no trecho Calçoene-Sucuriju e 2 km² de erosão na Estação Ecológica MaracáJipioca com recuo médio anual de aproximadamente 18 m. Em virtude da dinâmica erosiva, a área de estudo precisa de especial atenção dos gestores públicos a fim de evitar qualquer tipo de interferência antrópica que possa intensificar esse processo.

 

MEMBROS DA BANCA:

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Presidente - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Externo à Instituição - MARIA DE LOURDES SOUZA SANTOS

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

Externo à Instituição - VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO

 

DISCENTE: LYGIA NASSAR SOUSA

DATA: 02/10/2023

HORA: 16:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

ESTIMATIVA DE ESTOQUE DE CARBONO E FLUXO DE CO2 E CH4 NO
MANGUEZAL DA RESEX DE MOCAPAJUBA, PARÁ.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Manguezal. Estoque de Carbono. Fluxo de Gases de Efeito Estufa. Resex
Mocapajuba. São Caetano de Odivelas.

 

PÁGINAS: 66

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os manguezais desempenham um papel vital como sumidouros de carbono nas zonas
úmidas costeiras tropicais e subtropicais. O Brasil possui uma das maiores áreas de
manguezais do planeta, destacando-se a Costa de Manguezais de Macromarés da Amazônia
como o maior cinturão contínuo desses ecossistemas no mundo, onde foi realizado este
estudo. Buscou-se estimar o estoque de carbono (C) na biomassa e no sedimento, e os fluxos
de dióxido de carbono (FCO2) e de metano (FCH4) na interface solo-atmosfera, e
compreender a relação desses valores com os fatores físico-químicos do solo e da água
(granulometria, salinidade, pH, Eh, entre outros) que se alteram pela variação espacial ao
longo do estuário, juntamente com a estrutura e composição da vegetação. As coletas e
medições ocorreram em três pontos ao longo do Estuário do Rio Mujuim, em São Caetano de
Odivelas, localizado no Nordeste do Estado do Pará (Brasil): Ilha do Marinheiro, na foz do rio
Mujuim (P1); no furo do Aracuteua, na Ilha de São Miguel (P2) e a montante do rio Mojuim,
15 km distante da foz (P3). A análise dos dados físico-químicos do solo e da água mostraram
certa homogeneidade, mas suas variações espaciais influenciaram os valores de fluxo de CO2
e CH4 e de estoque de C. O estoque total de C no ecossistema (estoque de C na biomassa
mais estoque de C no sedimento até 100 cm) variou de 325,53 a 460,56 MgC/ha, e notou-se
forte correlação do estoque de C no sedimento com silte, indicando que a permeabilidade do
solo é fator importante para a manutenção do C no sedimento, confirmando a hipótese de que
fatores físico-químicos afetam o estoque de C no sedimento de forma significativa. O FCO2
médio variou de 2,122 g CO2 m-2 d-1 a 9,323 g CO2 m-2 d-1 e o FCH4 de -0,330 mg CH4
m-2 d-1 a 82,874 mg CH4 m-2 d-1, os fluxos não apresentaram diferença significativa ao
longo das horas de medição, mas apresentaram diferença significativa espacialmente.
Identificou-se que é importante estimar o estoque de carbono e o fluxo de gases de forma
abrangente, em uma malha amostral que abranja diferentes pontos do manguezal, para evitar
estimativas imprecisas devido à variação espacial dos fatores físico-químicos, e que prever o
estoque de C no sedimento com base valores de estoque de C na biomassa é questionável. De
acordo com nosso estudo, o estoque de C no sedimento não influencia o fluxo de gases na
interface solo-atmosfera, contudo a estrutura e composição das florestas de mangue podem
influenciar no fluxo de FCO2 e FCH4.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - CHRISTIENE RAFAELA LUCAS DE MATOS

Externo à Instituição - DIEGO DE ARRUDA XAVIER

Presidente - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Interno - 2272180 - SILVIA FERNANDA MARDEGAN

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

Externo à Instituição - Saúl Edgardo Martínez Castellón

 

 

DISCENTE: LUCAS YAN DE OLIVEIRA PEREIRA

DATA: 22/09/2023

HORA: 09:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

ANÁLISE DE INTRUSÃO SALINA E QUALIDADE DE ÁGUA EM AQUÍFERO
COSTEIRO NA VILA DE ALGODOAL (ILHA DE MAIANDEUA, PARÁ).

 

PALAVRAS-CHAVES:

Intrusão Marinha; Recursos Hídricos; Aquífero Costeiro; Estudo Socioambiental.

 

PÁGINAS: 35

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

As Zonas Costeiras são regiões densamente povoadas, com isso diversos impactos
ambientais relacionados com a ocupação populacional e a falta de planejamento territorial são cada
vez mais evidentes. A crescente urbanização de áreas costeiras vem aumentando a demanda por
recursos hídricos, gerando uma maior explotação de água subterrânea, que muitas vezes são as
únicas fontes de água potável capazes de suprir as demandas local. A retirada constante de água dos
aquíferos em conjunto com outros impactos antrópicos, como despejo inadequado de lixo, consequente
poluição do solo e a falta de saneamento básico geram sérios problemas ambientais relacionados a
degradação da qualidade desses recursos aquáticos, como os possíveis episódios de intrusão salina e
contaminação da água subterrânea. Esta pesquisa avaliou a qualidade da água subterrânea utilizada
para consumo humano na Vila de Algodoal; se a mesma está em conformidade com os parâmetros
estabelecidos pela resolução N° 396 de 2008 do CONAMA e a Portaria N° 888 de 2021 do Ministério
da Saúde e se há intrusão salina no aquífero costeiro. Para isso foi feito a caracterização
biogeoquímica das águas subterrâneas da vila mediante a coleta de água em poços de terrenos, a
análise de dados físico-químicos in situ, análises laboratoriais das amostras coletadas, de cotas
topográficas medidas na vila e, a aplicação de questionários socioambiental com a população.
Verificou-se que a água do Aquífero Costeiro apresentou condutividade elétrica com média de 453
μS/cm e sólidos totais dissolvidos 225,8 mg/L, em média. O principal íon dissolvido nas águas
subterrâneas da vila foi o Cl− com média superior a 60 mg/L e diversos poços que ultrapassaram o
limite do padrão de potabilidade. Além disso, 100 % dos poços analisados estavam contaminados por
coliformes totais e termotolerantes. Por meio da aplicação de 34 questionários com a população, 52%
dos moradores afirmaram ter algum problema com a qualidade da água. Dessa forma, a má qualidade
da água está localmente associada com o processo de intrusão salina e contaminação por material
proveniente de fossas. Problemas que são agravados devido a explotação sem controle da água
subterrânea, pouca profundidade dos poços (média de 12 m), e a falta de saneamento.

 

MEMBROS DA BANCA:

Interno - 517.984.412-68 - ANA PAULA LINHARES PEREIRA - MPEG

Externo à Instituição - DIEGO DE ARRUDA XAVIER

Presidente - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 2628262 - ROSIGLEYSE CORREA DE SOUSA

Interno - 1706878 - SILVIA KEIKO KAWAKAMI

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

Externo ao Programa - 3091062 - VINICIUS TAVARES KUTTER

 

 

DISCENTE: EDINEUZA DOS SANTOS ROSÁRIO

DATA: 29/09/2023

HORA: 14:30

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

CARACTERIZAÇÃO DOS PADRÕES MORFODINÂMICOS EM CRISTAS DE
PRAIA NA COSTA AMAZÔNICA.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Praia, Mudanças Morfológicas, Geoprocessamento, Processos Oceanográficos, Rio
Amazonas.

 

PÁGINAS: 82

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

O entendimento dos ambientes costeiros praiais amazônicos requer uma abordagem
morfodinâmica integrada com o uso de diferentes escalas espaço-temporal, a fim de compreender
como os as forçantes oceanográficas e processos costeiros e marinhos (usar ou forcante ou
processos) que atuam na modificação da sua morfologia local. O objetivo desta pesquisa foi
caracterizar e analisar a dinâmica morfológica de um sistema de cristas de praia amazônica,
considerando a sazonalidade climática (2021-2022). A área de estudo (Goiabal) está localizada no
Setor Costeiro Oceânico do Estado do Amapá, ao norte da foz do rio Amazonas, ao sudeste da
fronteira com a Guiana Francesa e ao leste do Oceano Atlântico. Levantou-se como hipótese que as
mudanças morfológicas do sistema de cristas de praia do Goiabal são potencializadas pela dinâmica
hidro-sedimentar do rio Amazonas e forçantes oceanográficas, quando associadas a eventos climáticos
extremos. Para confirmação desta hipótese, este trabalho usou de métodos descritivo e comparativo,
apoiados em dados de campo coletados in situ e análises de dados derivados de sensores remotos. A
metodologia da pesquisa foi baseada em quatro etapas de análise: (1) morfologia das cristas praiais e
suas mudanças (mapeamento morfológico com imagens multiespectrais de alta resolução e de radar
do Sentinel-1; variação na topografia de perfis praiais por método de elevação de um GPS diferencial –
DGPS), (2) agentes físicos costeiros (marés, ondas e correntes medidas por sensores de pressão e,
estimadas através de dados de radar do Sentinel-1 , respectivamente); (3) processos
hidrosedimentares (mapeamento da pluma estuarina por imagens multiespectrais do satélite Landsat e
do banco de dados da OceanColor/Nasa) e (4) a Integração dos dados, correlacionando aos eventos
de El Niño e La Niña. Obteve-se como resultados variações significativas na morfossedimentação do
sistema de cristas de praia do Goiabal, assim como nos processos hidrossedimentares (pluma de
sedimentos do rio Amazonas). Esta pesquisa pretendeu, obter informações necessárias para auxiliar
no entendimento do estudo da dinâmica do ambiente costeiro praial, dando suporte ao entendimento
da evolução das mudanças nos sistemas costeiros de cristas de praias e ao planejamento e uso do
território costeiro e marinho.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - LAURENT POLIDORI

Presidente - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Externo à Instituição - SAVIO LUIS CARMONA DOS SANTOS

Externo à Instituição - VALDENIRA FERREIRA DOS SANTOS

DISCENTE: DIANDRA KARINA MARTINS GUIMARAES

DATA: 24/05/2022

HORA: 14:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

"Detecção das mudanças costeiras da margem leste do estuário do rio Pará: uma
análise multitemporal (1987-2019) utilizando sensoriamento remoto".

 

PALAVRAS-CHAVES:

dinâmica costeira, Estuário do rio Pará, sensoriamento remoto.

 

PÁGINAS: 99

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

No Golfão Marajoará, o estuário do rio Pará, se comunica com o rio Amazonas, através da
Região dos Estreitos, e recebe ainda contribuições fluviais dos rios Tocantins e Guamá/Guajará. A área
de trabalho situa-se à margem leste do estuário do rio Pará, no trecho: ilhas de Mosqueiro e Colares, e
municípios de Santo Antônio do Tauá, Vigia e São Caetano de Odivelas, que comportam o estuário
médio e inferior. O clima da região é caracterizado como equatorial úmido com temperatura média
anual entre 24ºC e 32ºC, e precipitação entre 2.000 e 3.000 mm/ano, sendo este diretamente
influenciada pela migração sazonal da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) na direção
meridional. Na área de trabalho, ocorrem principalmente baixos platôs e planícies de maré colonizadas
por mangue, sobe forte influência fluvial sazonal e de maré diária e mensal, com regimes de meso e
macromarés (máxima de 5,7 m), e alta descarga fluvial entre dezembro e maio (estação chuvosa), e
baixa descarga entre junho e novembro (estação seca). A detecção das áreas de erosão e/ou acresção
da linha de costa se torna interessante para observar as mudanças nos entornos das ilhas da margem
leste do estuário do rio Pará. Para alcançar os resultados foi realizada a aquisição de imagens de
satélite Landsat TM (1987; 1993; 1999; 2004; 2008) e LANDSAT OLI (2013 e 2019) do Serviço
Geológico dos Estados Unidos (USGS), já adquiridas georreferenciadas. Em seguida foi utilizado o
Digital Shoreline Analysis System (DSAS), para calcular com maior precisão as taxas de mudanças da
linha de costa. Na margem leste do estuário do rio Pará (117 km) foram aplicados os parâmetros NSM
(Net Shoreline Envelope), LRR (Linear Regression Rate-of-Change) e EPR (End Point Rate) por se
adequarem a análise necessária da linha de costa, tendo como linha de base a parte continental e os
transectos alinhados a cada 100m. Os resultados das variações em metros nos 32 anos de análise
(NSM) e taxas médias de variação por ano (LRR) se enquadram em valores positivos indicando um
deslocamento da linha em direção ao mar ao longo do transecto e valores negativos indicam um
deslocamento em direção a terra. No período de análise, com o total de 1130 transectos, 619 são de
erosão e 511 de acresção, se obteve uma taxa média de variação de -0,19 m/ano, com taxas médias
de acresção e erosão em 86,61 m e -76,49 m, respectivamente. No estuário inferior houve maior
tendência a acresção, onde em Vigia ocorreu taxa média de variação de 1,26m/ano e taxa máxima de
acresção de 10,06m/ano no EPR, e taxa média de variação de 0,64m/ano e taxa máxima de acresção
de 7,22 no LRR. Em São Caetano de Odivelas a taxa média de variação no parâmetro EPR foi de
0,40m/ano e no parâmetro LRR foi de 0,25m/ano e no NSM de 13,09m. Enquanto no estuário médio a
tendência à erosão foi maior, predominando na Ilha de Mosqueiro com taxa média de erosão de -38m e
taxa média de acresção de 22,97m, relacionados às taxas médias de variação de -0,58m/ano (EPR) e - 0,54m/ano (LRR) e em Santo Antônio do Tauá com parâmetros LRR e EPR identificando taxas médiasde variação de -1,67m/ano (LRR) e -1,55m/ano (EPR). Apenas na ilha de Colares houve tendência a

acresção apresentando taxa média de erosão de -96,29m e taxa média de acresção é de 116,49m,
onde a taxa máxima de acresção e de erosão, são de 405,61m e -396,87m, respectivamente. No geral,
na margem leste do estuário do rio Pará ocorrem áreas com taxas de média à baixa erosão e acresção,
sendo áreas de alta erosão e acresção pontuais. Isso mostra que a margem leste está sobre uma
baixa hidrodinâmica que mantém está região relativamente preservada, as áreas de alta erosão estão
relacionadas à morfologia do local estando mais expostas as forçantes costeiras.

 

MEMBROS DA BANCA:

Presidente - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

Externo à Instituição - GEORGE SATANDER DE SÁ FREIRE

Externo à Instituição - VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO

DISCENTE: GABRIELA DE OLIVEIRA NOVAES

DATA: 19/04/2022

HORA: 09:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

GEOINDICADORES DE VULNERABILIDADE À EROSÃO COSTEIRA EM PRAIAS
ESTUARINAS, COSTA AMAZÔNICA, PARÁ

 

PALAVRAS-CHAVES:

Erosão Costeira; Geoindicadores; Ocupação Antrópica; Praias Amazônicas; Zona
Costeira.

 

PÁGINAS: 90

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

A Zona Costeira (ZC) é uma região responsável por diversas funções ecológicas, mas
também é objeto de preocupação devido aos seus usos e pressões antrópicas, que afetam seu
equilíbrio e integridade ambiental. Na ZC, a praia é um dos ambientes mais importantes, devido sua
intensa utilização pela população humana, sua função ecológica para muitos organismos e a proteção
natural contra as forçantes físicas (ondas, marés e correntes). A ocupação antrópica sobre uma
determinada praia pode agravar a erosão costeira (processo natural da alteração morfológica do
ambiente, decorrente da interação com os agentes físicos). Esse agravante parece ocorrer na Ilha de
Mosqueiro, objeto de estudo deste trabalho, onde os processos erosivos vêm aumentando nas últimas
décadas, combinado aos de urbanização. Observando esta problemática, o presente trabalho tem
como objetivo analisar por meio de geoindicadores ambientais a vulnerabilidade à erosão costeira de
praias flúvio-estuarinas da Ilha de Mosqueiro (Estado do Pará, Brasil). A pesquisa foi dividida em três
etapas: (1) trabalhos de campo para aquisição de dados topográficos, altura de falésias, largura praial,
coleta de sedimentos superficiais e checklist de geoindicadores ambientais; (2) análise laboratorial para
tratamento das amostras sedimentológicas coletadas em campo (análise granulométrica); e (3) análise
dos dados obtidos que determinam o índice de vulnerabilidade costeira à erosão e grau de risco. Os
dados indicam ocupação humana e nível de vulnerabilidade e risco costeiro em grau moderado a
elevado, visto que várias formas de uso do solo são frequentes na Ilha, sejam as moradias, comércio
ou pavimentação de ruas, estradas e orlas. Deste modo, a pressão humana sobre o ambiente natural
das praias favorece os processos erosivos, que podem ser verificados no índice de vulnerabilidade
costeira e grau de risco à erosão nesses ambientes.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - DIEGO DE ARRUDA XAVIER

Externo à Instituição - JULIANA DE SA GUERREIRO

Presidente - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 1355002 - LUCI CAJUEIRO CARNEIRO PEREIRA

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Interno - 2628262 - ROSIGLEYSE CORREA DE SOUSA

 

DISCENTE: HERBERT JUNIOR CAMPOS PEIXOTO

DATA: 26/04/2022

HORA: 14:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DE MANGUEZAIS DE RESEXs DO SALGADO PARAENSE

 

 

 

PALAVRAS-CHAVES:

 

Manguezais, Geotecnologias, Zona Costeira Amazônica.

 

 

PÁGINAS: 69

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

As zonas costeiras (ZC) são grandes áreas complexas que estão em constante transformação a partir das forçantes naturais e antrópicas que nela atuam. Um dos principais ambientes das ZCs são os manguezais. Notáveis por suas características adaptativas às variações de salinidade e falta de oxigênio, os manguezais desempenham funções ecossistêmicas fundamentais, como sumidouros de carbono, “berçário” de populações bióticas e protege a costa contra eventos naturais extremos. A ZC Paraense abriga uma das maiores e mais bem preservadas áreas de manguezais do Brasil, onde algumas destas áreas estão inseridas em reservas extrativistas (RESEX). Estas RESEXs preveem o uso sustentável de seus recursos naturais pela população local. Este compromisso com a sustentabilidade vem tomando mais força após a criação da Agenda 2030, que estabeleceu Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável. Destes objetivos surgiu a Década dos Oceanos, que busca o desenvolvimento e uso sustentável dos recursos marinhos e costeiros, bem como o avanço científico relacionado a estes ambientes. Deste modo, o objetivo central deste estudo é analisar a variabilidade espaço-temporal de manguezais inseridos em RESEXs do Salgado Paraense. A metodologia adotada consiste na: (1) aquisição e tratamento de imagens dos satélites Landsat 5, 7 e 8, (2) quantificação e comparação das áreas de manguezais de quatro RESEX (Mocapajuba, Mãe Grande de Curuçá, São João da Ponta e Mestre Lucindo). Estas análises foram feitas com uso de polígonos, criados a partir das imagens de satélites Landsat, que delimitaram as áreas de mangue para um período de trinta e quatro anos (1986 a 2020). A partir do plugin mapbiomas collection, disponível no software QGIS, foi possível observar a expansão urbana nas áreas estudadas e sua interação com os ambientes de manguezais. Para corroborar com os resultados obtidos foram utilizados dados ambientais (temperatura da superfície do mar - TSM) e dispersão de material particulado em suspensão (MPS). A cobertura vegetal mostrou variação, tanto na forma de redução quanto de expansão, atingindo valores máximos de crescimento de 9,93 km² (Mocapajuba), 2,67 km² (São João da Ponta), 14,82 km² (Mãe Grande de Curuçá) e 9,66 km² (Mestre Lucindo) e de redução de 8,05 km² (Mocapajuba), 1,84  km² (São João da Ponta), 5,25 km² (Mãe Grande de Curuçá) e 3,24 km² (Mestre Lucindo). Foi possível observar padrões de variação nas RESEXs, que apresentaram tendências de variação semelhantes, tanto de perda quanto de ganho em área. Pouco foi alterado nas áreas de manguezais nas porções mais internas das RESEXs. A TSM teve variação de 1°C, onde foi possível observar águas com temperaturas sensivelmente elevadas na porção mais próxima a foz do rio Pará, com sentido NE-SW. O MPS transportado na região tem direção oposta ao TSM, sendo SW-NE. Foi possível observar também o crescimento da infraestrutura urbana dos municípios onde as RESEXs estão inseridas. Entretanto, a maioria das alterações na cobertura de manguezais ocorreram na faixa litorânea, distante das áreas urbanizadas. Baseado nas análises foi possível determinar que as condições ambientais permitem que os manguezais mantenham se em equilíbrio. Porém, a influência do crescimento urbano desordenado pode trazer prejuízos não só para os manguezais, como para toda a RESEX, caso não haja medidas mitigatórias efetivas.

 

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - FLÁVIA REBELO MOCHEL

Externo à Instituição - GEORGE SATANDER DE SÁ FREIRE

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Presidente - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

DISCENTE: LANA CAROLINE FERREIRA FARIAS

DATA: 25/05/2022

HORA: 14:30

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

"GOVERNANÇA AMBIENTAL PARTICIPATIVA COMO FERRAMENTA PARA CONSTRUÇÃO DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS NA COSTA PARAENSE".

 

PALAVRAS-CHAVES:

 

uso dos recursos naturais, metodologias participativas, grupos sociais.

 

PÁGINAS: 60

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

A gestão dos recursos naturais gera diversas discussões decorrentes do uso intensivo,
desordenado e das modificações no ambiente. Quando diferentes atores sociais estão envolvidos na
tomada de decisões, os processos participativos enriquecem as estratégias de uso, já que um mesmo
serviço ecossistêmico pode ser útil de diversas maneiras para cada grupo social e a sua degradação
causa impactos negativos a todos. Pensando nisso, a Organização das Nações Unidas - ONU,
declarou no ano de 2017 a Década dos Oceanos (2021-2030) para promover a preservação dos
oceanos e a gestão dos recursos naturais de zonas costeiras. Esta promoção a preservação pode
variar de acordo com a maneira como os impactos são percebidos pelos diferentes atores sociais, e
assim, influenciar nas estratégias da gestão ambiental. Por isso, estudos de percepção ambiental são
fundamentais no entendimento da relação que a sociedade tem com seu meio natural, e estes
possibilitam identificar estratégias de educação ambiental para contribuir com ações de acordo com a
realidade local, e no contexto global de acordo com ações da Década. Dada essa problemática, o
objetivo do presente estudo é avaliar a percepção ambiental de uma comunidade tradicional com base
na inter-relação que diferentes atores têm com os recursos naturais e suas concepções sobre as
políticas públicas ambientais e pesqueiras. Questiona-se ainda se os diferentes atores sociais
apresentam percepção ambiental condicionada a sua classe social, pelo nicho estão inseridos no
cenário local, pelo grau de instrução, crenças e/ou modo de vida. O estudo de caso será realizado na
Reserva Marinha de Mocapajuba, localizada no município de São Caetano de Odivelas (PA), onde será
adotada pesquisa qualitativa, como entrevistas com os grupos focais (pescadores, professores,
gestores da RESEX, estudantes, secretários, ONG’s, que atuam na área) e mapeamento participativo.
Como impacto desejado, espera-se construir, conjuntamente, com os diferentes grupos um plano de
ação de educação ambiental que esteja em consonância com as diretrizes da década dos oceanos, de
modo, a contribuir para o desenvolvimento sustentável da RESEX Marinha Mocapajuba.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - CYNTIA MEIRELES DE OLIVEIRA

Externo ao Programa - 2153603 - EDNA FERREIRA ALENCAR

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Interno - 2628262 - ROSIGLEYSE CORREA DE SOUSA

Presidente - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

DISCENTE: YURI PAIXAO SANTA ROSA PORTO

DATA: 30/09/2022

HORA: 10:00

LOCAL: Plataforma Google Meet

TÍTULO:

Investigação da influência antrópica na concentração de nutrientes inorgânicos dissolvidos no entorno da cidade de Belém-PA

 

 

PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia; Estuário; Fluxo de nutrientes; Efluentes domésticos.

 

PÁGINAS: 50

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

A água é um dos recursos naturais mais importantes, sobretudo no contexto amazônico. O aumento demográfico e a má utilização desse recurso provocam alterações ambientais preocupantes quanto à qualidade da água consumida no mundo todo. De acordo com o SNIS, a região norte do país trata cerca de 22,0% dos esgotos gerados e na Região Metropolitana de Belém esse índice fica abaixo da média nacional, com 11,3% de coleta de esgoto e desse total, 3% recebe tratamento adequado. O objetivo deste trabalho é investigar o grau da influência antrópica no fluxo de nutrientes inorgânicos dissolvidos dos corpos d’água que banham a cidade de Belém-PA e adjacências. A área de estudo engloba a baía do Guajará e as áreas adjacentes como os rios Guamá e Acará. As coletas de águaestão sendo realizadas durante o período chuvoso (maio) e período seco (outubro) em 4 seções divididas em margem esquerda (ME), meio (M) e margem direita (MD) com coletas em superfície e fundo, a cada 4 horas durante 12 horas para analisar todo o ciclo de maré; adicionalmente estão sendo feitas coletas a cada hora no canal principal, para a melhor determinação do fluxo de nutrientes, totalizando 176 amostras por campanha. Estão sendo analisados parâmetros in situ (Temperatura, pH, Eh, condutividade elétrica, turbidez, OD, %OD e sólidos totais dissolvidos) e em laboratório (Silicato, fosfato, nitrato, nitrito, amônia e clorofila), além da determinação da intensidade, velocidade e direção da corrente com o auxílio de perfiladores acústicos para calcular o fluxo de nutrientes. A área de estudo, em toda sua extensão, possui pontos de descarga de efluentes domésticos e industriais sem tratamento e outros mais afastados com pouca influência antrópica, que serão utilizados como pontos-controle.

 

MEMBROS DA BANCA:

Interno - 1649237 - LILIAN LUND AMADO

Externo à Instituição - LUIZA SANTOS REIS

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Presidente - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Interno - 843.147.452-15 - SARITA NUNES LOUREIRO - UFPA

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

ALANA RODRIGUES NAUAR

Título do trabalho: "MONITORAMENTO ECOTOXICOLÓGICO ESPAÇO-TEMPORAL DE UM RIO AMAZÔNICO SOB MÚLTIPLAS INFLUÊNCIAS ANTRÓPICAS".

 

DATA: 23/06/2021 Horário: 14H

 

Plataforma Virtual Google Meet

 

Resumo: O destino dos contaminantes no ambiente aquático é motivo de grande preocupação, pois sabe-se que atividades antrópicas, especialmente nas regiões costeiras, podem desencadear a contaminação dos corpos d´água e a biodisponibilização de diversos elementos que são tóxicos para a biodiversidade. Estudos de biomonitoramento, especialmente envolvendo variáveis ecotoxicológicas, são úteis para avaliar a qualidade ambiental em regiões de influência antrópica. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo analisar a concentração de metais (Al, Cr, Pb, Ba, Ni e Mn) em matrizes abióticas (água e sedimento) e bióticas (vertebrado e invertebrado) coletadas em um rio amazônico que sofre influência de múltiplos estressores antropogênicos, dentre eles o lançamento de efluentes de uma empresa que atua no beneficiamento de bauxita. Além desta abordagem química, também analisamos efeitos adversos primários através do uso de biomarcadores de exposição e efeito. As amostras foram coletadas no rio Pará, em 5 pontos localizados a distintas distâncias (montante e jusante) da região de lançamento de efluentes de uma empresa que atua no beneficiamento de bauxita. Foram realizadas 3 campanhas: em novembro de 2018 (estiagem), março de 2019 (chuvoso) e junho de 2019 (transição). De maneira geral, no sedimento, em todos os pontos nos três períodos analisados, o Al foi o metal mais concentrado, seguido do Mn e do Cr. Na água, as maiores concentrações foram de Al, Ba e Mn. Foram também analisadas as frações dissolvidas dos seis metais na água. O único metal dissolvido que se apresentou em valores acima do estabelecido pela resolução CONAMA 357/2005 foi o Al. Observou-se maiores valores médios de Al dissolvido durante a estação chuvosa em relação à estiagem e transição. Quanto à quantificação dos metais nos organismos, os peixes coletados no rio Pará (Cheirocerus goeldi) tiveram maiores concentrações de Al e Ba na estação chuvosa em relação aos peixes de mesma espécie coletados na estiagem. Já o camarão Macrobrachium amazonicum apresentou maiores valores de Al no período chuvoso em relação ao demais períodos. Quanto à avaliação de respostas biológicas com o uso de biomarcadores de exposição e efeito nos animais, observamos menor capacidade antioxidante (biomarcador de exposição) em brânquias de camarões M. amazonicum do ponto à montante durante a estiagem junto com maiores níveis de LPO (biomarcador de efeito tóxico). No músculo desta mesma espécie houve indução da capacidade em organismos do ponto mais próximo ao lançamento de efluentes da empresa (PR03) e maiores níveis de LPO em organismos do ponto à montante do lançamento de efluentes da mineradora (PR01). O peixe C. goeldi apresentou maior lipoperoxidação nas brânquias de indivíduos oriundos do PR03 durante o período chuvoso, bem como uma tendência de aumento da capacidade antioxidante no fígado durante esse período. Concluímos que existe um padrão bem marcado e sazonal dos metais nos diferentes compartimentos ambientais que são seguidos pelos biomarcadores, refletindo mudanças mais relacionadas à geologia local e fisiologia dos organismos. Os principais metais encontrados nos compartimentos abióticos e bióticos demonstraram uma forte relação com a formação geológica local, sendo Al, Ba e Mn os mais representativos. Destes, o Al foi o mais concentrado, devido as características geológicas que fazem com que a região seja rica em bauxita, um minério rico em alumina. Por conta deste enriquecimento no sedimento e na fração total da água, há muito Al na fração dissolvida, ultrapassando os limites legais. Sugerimos a continuidade dos estudos com espécies locais para verificar se estes limites presentes na resolução CONAMA 357/2005 são aplicáveis à sensibilidade das espécies de regiões com características geológicas como da região de estudo. Além disso, deve-se levar em conta a hidrodinâmica do rio Pará para que possa ser melhor compreendida a origem e distribuição destes metais ao longo destes corpos d´água.

Palavras chave: metais, biomarcadores, estresse oxidativo, rio Pará, Alumínio

Número de páginas: 50

Banca EXAMINADORA:

DRA. Lílian Lund Amado (Orientadora)

DRA. Sarita Nunes Loureiro

DR. Marcelo Rollnic

DRA. Sildiane Cantanhêde

 

CLAYCIANE SANTOS DO NASCIMENTO

Título do trabalho: "METAIS E SEUS EFEITOS EM BAIXO NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA: UMA ANÁLISE ECOTOXICOLÓGICA EM DISTINTOS COMPARTIMENTOS AMBIENTAIS EM IGARAPÉS AMAZÔNICOS".

 

DATA: 30/06/2021.

 

Horário: 14H

 

Plataforma Virtual Google Meet

 

 

Resumo: Os metais estão incluídos entre os contaminantes que influenciam a dinâmica dos ecossistemas aquáticos, o que torna necessário estudos que visem avaliar tanto as concentrações destes elementos como possíveis efeitos de toxicidade em organismos aquáticos devido a biodisponibilização. Neste contexto, os estudos de biomonitoramento, especialmente envolvendo variáveis ecotoxicológicas, relacionados com respostas, em baixo nível de organização biológica são úteis para avaliar a qualidade ambiental. O presente estudo ecotoxicológico incluiu três abordagens: análise da concentração de metais em Al, Cr, Pb, Ba, Ni e Mn em matrizes abióticas (água e sedimento de igarapés); bióticas (peixe - Hyphessobrycon heterorhabdus; caranguejo - Trichodactylus Borellianus e vegetal uma espécie de planta Família Marantaceae), além da avaliação de efeitos adversos primários através do uso de biomarcadores de exposição e efeito. As espécies foram coletadas em distintos igarapés que estão lozalizados em uma região com histórico de atividade de beneficiamento de bauxita (Barcarena, PA), além de direta influência antrópica da cidade. As coletas foram realizadas na área da rede hidrográfica que influencia a Bacia do Murucupi, nas comunidades Bom Futuro, Vila Nova e no distrito da Vila do Conde e foram realizadas em três períodos climáticos sendo eles: Estiagem (Campanha 1: Nov/2018), Chuvoso (Campanha 2: Mar/2019) e período de Transição (Campanha 3: Jun/2019). Os pontos de coleta foram determinados de forma a contemplar um gradiente de influência da atividade da empresa e de outros tipos de atividade que ocorrem na região. A dispersão dos pontos ocorreu da seguinte forma: Potencial Impacto direto (PM1, PM2, PM3, PM4 e PM5); Potencial impacto indireto: (PC2, PC3 e PC5); e Pontos controles: (PC1, PC6, PC7, PC8 e PC9). Em geral, no sedimento dos igarapés as análises dos metais apresentaram uma distribuição dentro da mesma faixa em termos de concentrações medidas, sem diferenças significativas entre pontos amostrados e entre períodos de coletas. Os elementos que se destacaram quanto as concentrações foram Al, Ba e Cr. Dos metais analisados, apenas Cr, Ni e Pb são mencionados na resolução CONAMA No 454/2012. Todos eles encontram-se abaixo do limite legal executável. Para as análises na água, durante os três períodos houve uma distribuição dentro das mesmas faixas em termos de concentrações medidas. Não houve aumento ou diminuição expressiva para os elementos estudados. Dentre os metais analisados, apenas Al (fração total) não é mencionado na resolução CONAMA No 357/2005. Todos os demais estão abaixo do limite aceitável estabelecido pelo órgão de proteção ambiental. O único metal que mostrou aumento de concentração entre campanhas na fração total da água foi o Ba. O Al foi o metal mais abundante com concentrações que não apresentaram diferenças entre períodos. Para os organismos, os peixes coletados apresentaram maiores concentrações de Al e Ba na estação chuvosa em comparação com peixes da mesma espécie coletados na estação seca. Os metais Al e Mn não apresentaram diferenças entre pontos no mesmo período. O Pb foi registrado em maiores concentrações durante a estiagem. As plantas também não apresentaram diferenças significativas nem entre os pontos nem entre períodos para nenhum dos metais, no entanto, demonstraram uma tendência de aumento no acúmulo de Pb, Mn e Ba durante o período de transição. Quanto à avaliação das respostas biológicas com o uso de biomarcadores de exposição e efeito, nos caranguejos houve indução das defesas antioxidantes nas brânquias dos organismos do ponto PC1 durante o período chuvoso bem como para o peixe H. heterorhabidus que apresentou maior capacidade antioxidante para organismos do PC07 durante este período. Conclui-se que existe um padrão bem marcado e sazonal dos metais nos diferentes compartimentos ambientais que são seguidos pelos biomarcadores, refletindo mudanças relacionadas à geologia local e fisiologia dos organismos. Os principais metais encontrados nos compartimentos abióticos (água - fração total e dissolvida e sedimento) e bióticos (peixes, invertebrados e planta) demonstraram uma forte relação com a formação geológica local, sendo Al, Ba e Mn os mais representativos. Destes, o Al foi o mais concentrado, devido as características geológicas que fazem com que a região seja rica em bauxita, um minério rico em alumina. Portanto, com base nos resultados aqui descritos, são necessários estudos para estabelecer baselines ambientais que levem em consideração as características químicas e físicas locais e o nível de sensibilidade / tolerância dos organismos residentes. Esses estudos estabelecerão as bases para o estabelecimento de restrições legais aplicáveis que sejam compatíveis com as realidades ambientais locais

Palavras chave: Metais, Amazônia, Alumínio

Número de páginas: 50

BANCA EXAMINADORA:

DRA. Lílian Lund Amado (Orientadora)

DRA. Sildiane Martins Cantanhêde

DR. Marcelo Rollnic

DR. Leandro Machado de Carvalho

 

GABRIEL POMPEU ROSA

 

 Título do trabalho: "DIFERENÇAS NO TRANSPORTE DE PLÁSTICOS FLUTUANTES EM RIOS URBANOS AMAZÔNICOS".

 

DATA: 07/07/2021.

 

Horário: 14H

 

Plataforma Virtual Google Meet

 

Resumo:

Os resíduos sólidos consistem em materiais resistentes e que são conhecidos popularmente como “lixo”. São produzidos por residências e empresas e geralmente incluem materiais como plásticos, vidros, metais, restos de alimentos, roupas e papel. Esses materiais podem chegar até aos oceanos por vias navegáveis e redes de drenagem nas zonas costeiras. Sendo assim, diante do crescente número de resíduos que vão parar em áreas inadequadas e da pequena produção cientifica voltada para estudos em regiões de água doce, esse trabalho objetiva apresentar os resultados da ocorrência de resíduos sólidos em águas superficiais de rios dominados pela maré na região amazônica. A metodologia consistiu na observação dos macros resíduos flutuantes ao longo de 12 horas nos períodos seco e chuvoso nos rios Acará, Guamá, Baia do Guajará, Tucunduba e Tamandaré. O estudo quantificou um total de 19.627 resíduos, com predominância de plástico, onde os rios maiores (Acará, Guamá e Baia) apresentaram tendencia de aprisionamento de resíduos, enquanto que os rios menores (Tucunduba e Tamandaré) exibiram uma tendência em transporte a jusante destes materiais.

 Palavras chave: Plástico. Maré. Estuário.

 

BANCA EXAMINADORA:

DRA. Sury de Moura Monteiro

DR. Fabian Sá

Dra. Christina Barbosa

Dr. Marcelo Rollnic

 

 

RAFAEL ALEXANDRE ALVES MENEZES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: RAFAEL ALEXANDRE ALVES MENEZES

DATA: 11/11/2021

HORA: 14:00

LOCAL: Plataforma Virtual Google Meet

TÍTULO:

EVOLUÇÃO MULTITEMPORAL DA LINHA DE COSTA (1972-2040) DO MUNICÍPIO
DE SOURE, ILHA DO MARAJÓ (AMAZÔNIA - BRASIL).

 

PALAVRAS-CHAVES:

 Zona Costeira, GIS, Linha de Costa, DSAS v5.

 

PÁGINAS: 151

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os agentes exógenos que atuam na Zona Costeira (ZC) atuam como modeladores
morfológicos da Linha de Costa (LC) e essa atuação modifica o cenário erosivo e acrescido da
LC ao longo do tempo. Para avaliar essas mudanças temporais ocorridas da ZC, o
sensoriamento remoto (SR), a partir de sensores remotos orbitais, é uma abertura que
possibilita identificar essas variações ocorridas, onde o principal objetivo em todo o mundo é
o gerenciamento e proteção dessas zonas costeiras. Desta maneira, a presente composição tem
como objetivo apresentar a evolução da linha de LC durante o período de 1972-2020 (48
anos) e estimar a evolução da LC para os anos de 2030 e 2040 na ZC do município de Soure,
localizado na parte nordeste (NE) da ilha de Marajó (Pará-Amazônia Oriental), inserida na
Zona Costeira Estuarina Paraense (ZCEP), condicionada pelas hidrodinâmicas do canal Sul
do Rio Amazonas e do estuário do Rio Pará. Para atingir esse objetivo, faz-se usufruto da
aquisição de 6 imagens de uma série temporal do satélite: Landsat 1 (MSS) de 1972 e 1994
(bandas 7,6,5 e 5,4,3, respectivamente), Landsat 5 (TM) de 1985, 2004, 2009 (bandas 5,4,3),
com resolução espacial de 30m, e Landsat 8 (OLI) de 2020 (bandas 6,5,4,8), com resolução
espacial de 15 m após a fusão da banda 8 (pancromática), sendo obtidas no sítio da USGS
(United States Geological Survey), todas já georreferenciadas e de técnicas de
geoprocessamento para: a) delimitação da LC: onde foi criada a partir de métodos semiautomáticos
combinados com métodos manuais, utilizando a técnica do índice de diferença
normalizada da água (NDWI); b) DSAS versão 5.0 (v5.0), sendo utilizados para compor a
análise da LC através dessa ferramenta o: NSM, EPR e LRR, a versão v5 traz o Filtro de
Kalman, na qual foi utilizado para calcular a estimativa futura na LC para os anos de 2030 e
2040. Como resultado, identificou-se que nos setores I e II (canal sul do rio Amazonas),
predomina a acresção, no setor III (cabo Maguari) é onde obteve os maiores índices de
acresção, e no setor IV predomina o processo acrescional com tendência erosiva, o setor V
predomina a erosão. Esses dados são vinculados ao número total de 654 transectos
compreenderam uma distância média de 214,4 m, onde a média de recuo é indicada com a
taxa negativa de -179,5 m e uma taxa positiva de 451,9 m. Para os anos de 2030 e 2040, a
tendência é que este processo continua, onde a maior retração costeira, cerca de 271.46 m, vai
ser no Nordeste (NE) (setor II), e um avanço da LC de 625.26 m no setor III.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - GEORGE SATANDER DE SÁ FREIRE

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Presidente - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Externo à Instituição - NORBERTO OLMIRO HORN FILHO

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

RAFAELA POLIANA DOS SANTOS MACEDO

DATA: 14/06/2021

HORA: 14:00

LOCAL: Plataforma Virtual Google Meet

TÍTULO:

REVISÃO TAXONÔMICA DA FAMÍLIA CERAMONEMATIDAE (PLECTIDA NEMATODA).

 

PALAVRAS-CHAVES:

Bentos, Taxonomia, Nematóide, Diversidade.

 

 

PÁGINAS: 90

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os Nematoda são pequenos invertebrados de corpo cilíndrico e alongado. Eles podem ser de vida livre ou parasitas. Os nematóides marinhos de vida livre ocorrem desde regiões costeiras até as profundezas dos oceanos. Dentro desse filo, está a família Ceramonematidae, que inclui indivíduos exclusivamente marinhos, encontrados principalmente em areias grossas de águas rasas. Apesar de os estudos com o filo Nematoda terem tido um crescimento significativo, esse grupo ainda apresenta alguns problemas, como descrições escassas, desenhos com esboços simples e dificuldade de identificação do grupo. Ao observar estudos feitos com a família Ceramonematidae, analisou-se que a maioria dos trabalhos são ecológicos e poucos são taxonômicos. O presente estudo teve como objetivo revisar taxonomicamente a família Ceramonematidae e fornecer listas taxonômicas atualizadas para cada gênero da família. Para a revisão taxonômica da família primeiramente foi consultado o Handbook of Zoology para obter informações sobre o histórico e diagnose da família Ceramonematidae, além da obtenção de uma listagem de seus gêneros válidos. Em seguida foi consultada a revisão taxonômica de Tchesunov & Miljutina (2002) juntamente com as descrições originais de cada espécie, disponíveis nas listas de verificações do site Nemys. Com base na revisão taxonômica realizada no referente estudo, a família Ceramonematidae possui 7 gêneros válidos e um gênero inquerenda. A família totaliza 65 espécies válidas, 2 espécies inquerenda e 10 espécies nomen nudum.

 

 MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - CLEVERSON RANNIERI MEIRA DOS SANTOS

Externo à Instituição - DAIANE EVANGELISTA AVIZ DA SILVA

Interno - 2117827 - MARCELO PETRACCO

Externo à Instituição - PATRICIA FERNANDES NERES

Externo ao Programa - 015.664.492-43 - THUAREAG MONTEIRO TRINDADE DOS SANTOS - UFPA

Presidente - 1755204 - VIRAG VENEKEY

 

BIANCA ABRAHAM DE ASSIS SOUSA

DATA: 29/12/2021

HORA: 09:00

LOCAL: PLATAFORMA VIRTUAL GOOGLE MEET

TÍTULO:

CARACTERIZAÇÃO MORFOSEDIMENTAR DA PRAIA DO CARIPI
(BARCARENA/PA) ANTES E APÓS A CONSTRUÇÃO DA NOVA ORLA

 

PALAVRAS-CHAVES:

Morfodinâmica de praia, Estuário, Gerenciamento Costeiro, Obras de Proteção
Costeira.

 

PÁGINAS: 50

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Praias estuarinas são caracterizadas por serem ambientes de transição entre mar e rio que
permitem depósitos de sedimentos como areia e cascalho, onde a força das ondas associadas as
correntes fluviais e de marés retrabalham os sedimentos levando a um nível adicional de complexidade
na morfodinâmica praial. Estas praias são comuns na zona costeira amazônica e alvo de diversas
ações antrópicas devido a ocupação humana através da urbanização, turismo e instalações portuárias.
O trabalho realizado analisou a morfologia da praia estuarina do Caripi (município de Barcarena,
Estado do Pará), no intuito de verificar as alterações em sua dinâmica sedimentar, principalmente em
consequência da obra de contenção de erosão na praia inaugurada em 2019. Pretende-se comparar
dados coletados em 2016, com dados atuais (2019 e 2020), pós-construção da nova orla, além de
avaliar se ainda persiste a vulnerabilidade e risco à erosão na praia. A pesquisa foi realizada pelo
Laboratório de Oceanografia Geológica da Universidade Federal do Pará (LABOGEO/UFPA) em
parceria com o Laboratório de Geologia de Ambientes Aquáticos da Universidade Federal Rural da
Amazônia (LGAA/UFRA). Foram realizados trabalhos de campo durante dois anos (novembro/2019 e
novembro/2020), onde ocorreram coletas de dados topográficos com o uso de Estação Total, modelo
RUIDE RTS-822R³. Tais dados foram comparados à pesquisa já realizada em 2016, antes da
construção da nova orla. Verificou-se algumas mudanças morfológicas significativas na praia de 2016 a
2020, especialmente relacionada às questões de alteração do estado morfodinâmico praial. Constatouse
que a erosão costeira persiste mesmo após a construção do muro de gabião na praia, cuja
efetividade da obra tem sido baixa frente ao referido problema

 

MEMBROS DA BANCA:

Presidente - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

Externo à Instituição - DIEGO DE ARRUDA XAVIER

 

DISCENTE: PAULA RENATA LOBATO DE MEDEIROS

DATA: 20/12/2021

HORA: 09:00

LOCAL: Plataforma Virtual Google Meet

TÍTULO:

VARIAÇÃO INTERANUAL E SAZONAL DAS MASSAS D’ÁGUA SOBRE A PLATAFORMA CONTINENTAL NORTE DO BRASIL.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Massas d’água, variação espaço-temporal, temperatura, salinidade, Plataforma Continental Norte do Brasil.

 

PÁGINAS: 60

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

O presente trabalho teve como objetivo analisar a variabilidade espaço-temporal das massas d’água sobre a Plataforma Continental Norte do Brasil (PCNB), relacionando-a a dinâmica local e aos aportes de água doce. A PCNB estende-se desde o Cabo Orange até a Baía de São Marcos e caracteriza-se como altamente energética, por conta da ação combinada da corrente norte do Brasil (CNB), ventos alísios, ondas, marés e a descarga hídrica dos rios Amazonas e Pará. Os dados de temperatura, salinidade e densidade para a análise interanual foram obtidos através do banco nacional de dados da Marinha do Brasil (BNDO), durante seis cruzeiros oceanográficos: Amasseds I, II e III, Oceano Norte I, MCT VII e CBO em anos distintos: 1989, 1990, 2001, 2016 e para a análise sazonal utilizou-se cinco meses do Projeto Costa Norte: março, julho, novembro, dezembro 2018 e janeiro de 2019. Os parâmetros de TS tiveram o intuito de caracterizar e identificar as massas d’água que ocorreram sobre a plataforma ao longo dos anos, bem como observar as variabilidades interanuais e sazonais existentes. A PCNB apresentou grandes variações de TS ao longo dos anos e períodos analisados, sendo possível observar interanualmente a ocorrência de quatro tipos de massas d’água: Água de Rio (AR), Água Costeira (AC), Água Central do Atlântico Sul (ACAS) e Água Tropical (AT) e sazonalmente foram identificadas seis massas d’água ocorrendo: AF (água de frente), AC, AR, AT, ACAS e Pluma estuarina (PE). A pluma estuaria foi identificada apenas durante janeiro - 2019 e seus respectivos índices termoalino foram de 27,5 a 28 e 0 g/kg a 30 g/kg.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - ANA PAULA MORAIS KRELLING

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Presidente - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 859.284.372-34 - THAIS ANGELICA DA COSTA BORBA - UFPA

Externo à Instituição - YURI ONCA PRESTES

 

 

 

DISCENTE: CAMILA DE MAGALHAES E SOUZA FIGUEIREDO

DATA: 15/09/2021

HORA: 15:00

LOCAL: Plataforma Virtual Google Meet

TÍTULO:

BACIAS HIDROGRÁFICAS URBANAS: ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DA BACIA DO TUCUNDUBA, AMAZÔNIA, BRASIL

 

PALAVRAS-CHAVES:

Gestão, Macrodrenagem, Impactos ambientais, Qualidade de vida.

 

PÁGINAS: 90

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

A Bacia Hidrográfica do Tucunduba (BHT) é a segunda maior bacia da cidade de Belém, no  Pará. A BHT drena quatro bairros de Belém: Marco, Canudos, Terra Firme e Guamá. Tendo  uma das áreas de maior densidade populacional da cidade, com uma população de  aproximadamente 200 mil habitantes. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar as condições  socioambientais da Bacia Hidrográfica do Tucunduba (BHT), a partir de elementos macro

ambientais necessários para compreender a dinâmica de uso ao longo da bacia. Os  encaminhamentos metodológicos da pesquisa contaram com aplicação de um questionário com  os moradores da BHT, cálculo baseado no Índice de Qualidade de Vida Urbana (IQVU) local,  cálculo de Índice Simplificado de Impacto Ambiental, estimativa de descarga de esgoto per  capita dos bairros pertencentes a BHT e Avaliação de Impacto Ambiental nos meios físicos,  bióticos e antrópicos nos 3 trechos da obra de macrodrenagem. A partir dos resultados obtidos,  o IQVU na Bacia Hidrográfica do Tucunduba é aproximadamente 0,6, ou seja,é regular. Além  disso, os resultados gerados através da avaliação de impacto ambiental simplificada  demonstram claramente que os trechos analisados apresentam impactos ambientais  consideráveis (seja alto ou muito alto) na BHT. O que demonstra a precariedade dos serviços  oferecidos à população e evidencia a fragilidade da gestão urbana local. Dessa forma, é urgente  estratégias de gestão integrada de bacia hidrográfica do Tucunduba, de avaliação e  monitoramento de espaço, e de oferta de serviços que garantam uma boa qualidade de vida e  ambiental.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - ERICA ANTUNES JIMENEZ

Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Externo à Instituição - MARCELA CUNHA MONTEIRO BERNARDI

Presidente - 2628262 - ROSIGLEYSE CORREA DE SOUSA

Externo à Instituição - RUBEM MANOEL COELHO PESSOA

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

 

DEFESA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DAYANNE MARY LIMA RABELO

Título do trabalho: "ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO MINUCA MORDAX (CRUSTACEA: DECAPODA:OCYPODIDAE) EM UMA ÁREA DE VÁRZEA DA AMAZÔNIA".

 

data: 24/06/2021.

 

Plataforma Google Meet

 

Horário: 14H

 

RESUMO: A família Ocypodidae é formada por caranguejos semi-terrestres e escavadores, os quais são  abundantes na fauna bentônica de ambientes estuarinos tropicais e subtropicais. O caranguejo  Minuca mordax vive associado a margem de rios dominadas por manguezais, restingas e  florestas de várzea, nas quais são pouco estudados. O presente estudo avaliou aspectos da  ecologia populacional de M. mordax em uma área de várzea do estuário Guajará (Belém,  Pará, Brasil). Foram realizadas coletas mensais entre dezembro de 2013 e novembro de 2014,  abrangendo o período chuvoso e menos chuvoso na região. Os espécimes foram identificados  quanto ao sexo e foi aferida a Largura da Carapaça (LC). Foram coletados 1776 organismos,dentre os quais 1084 eram machos e 692 fêmeas (30 ovígeras). A proporção sexual foi  desviada a favor dos machos (1,56 machos: 1 fêmea). Os machos (LC =16,14 ± 3,85 mm)  além de mais abundantes, foram maiores do que as fêmeas (15,89 ± 3,84 mm). Em média, a  maior abundância foi registrada no período mais chuvoso, contudo não foi identificada  diferença estatística entre os períodos sazonais. Por outro lado, a abundância de fêmeas  ovígeras foi significativamente maior no período mais chuvoso. A ocorrência de organismos  de pequeno tamanho e fêmeas ovígeras durante quase todo o ano indica reprodução contínua.Os aspectos biológicos obtidos para a espécie na área de várzea são semelhantes aos  registrados em manguezais tropicais, contudo os padrões temporais do ciclo reprodutivo  indicam o ajustamento da população as condições ambientais amazônicas.

Palavras-chave: caranguejo violinista, ecologia populacional, estuário tropical.

Número de páginas: 40

Banca EXAMINADORA:

DR. Marcelo Petracco (Orientador)

DRA. Bianca Bentes

DRA. Jussara Moretto Martinelli-Lemos

DRA. Virág Venekey

DISCENTE: MARIA BARBARA PEREIRA DE SOUSA

DATA: 29/06/2021

HORA: 09:00

LOCAL: Plataforma Virtual Google Meet

TÍTULO:

"MUDANÇAS MORFOLÓGICAS EM PRAIAS DA COSTA LESTE DA ILHA DO MARAJÓ (ESTADO DO PARÁ, BRASIL)".

 

PALAVRAS-CHAVES:

Morfodinâmica de praia, Estuário, Vulnerabilidade Costeira, Soure, Salvaterra.

 

PÁGINAS: 77

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

 

A zona costeira é uma área de transição entre o mar e o continente, sendo um dos espaços geográficos mais  vulneráveis aos fenômenos naturais e antrópicos que ocorrem no planeta. À vista disso, a avaliação de  mudanças morfológicas e vulnerabilidade costeira à erosão é essencial, pois contribui para o planejamento  de ações protetivas e mitigatórias de impactos ocorrentes no ambiente, seja ele natural ou antropizado.  Dessa forma, o trabalho tem como objetivo verificar as mudanças morfológicas em praias da costa leste da  Ilha de Marajó/PA frente aos níveis de vulnerabilidade à erosão. Para isso, foram realizadas duas campanhas  de campo (set/2019 – período seco e fev/2020 – período chuvoso) nas praias da Barra Velha (município de  Soure) e Praia Grande (município de Salvaterra). A metodologia consiste em: (1) levantamento do perfil  topográfico de praias, amostragem de sedimento superficial; (2) aquisição de dados para o preenchimento  de tabelas pré-definidas, referentes às características da orla/costa, visando a análise da vulnerabilidade e  risco costeiro; (3) análise multitemporal da linha de costa por imagens do satélite Landsat, referente à 16  anos (2003-2019); (4) análise laboratorial para a separação granulométrica dos sedimentos coletados e; (5)  processamento dos dados para: classificação granulométrica dos sedimentos, morfodinâmica de praia, seus  parâmetros morfométricos, geração de mapas de vulnerabilidade e risco costeiro, e variação da linha de  costa mediante o uso dos softwares SysGran, Grapher, Excel, Surfer e ArcGis, respectivamente. De acordo  com os resultados obtidos, a praia da Barra Velha foi classificada como dissipativa nos dois períodos  estudados, ou seja, caracterizada por baixa declividade, composta por areia fina, e bancos e calhas ao longo  da praia. O balanço sedimentar variou de -30 a 48 m3/m ao comparar os dados da estação seca a chuvosa.  A maioria dos perfis mostrou tendência erosiva da passagem do período seco para o chuvoso, com exceção  dos perfis E e F, onde prevaleceu a deposição. A praia Grande apresentou comportamento de praias  intermediárias a refletivas com declividades moderados a altos, tanto na estação seca quanto na chuvosa.  Sendo a região central da praia com a maior declividade. A variação sedimentar na alternância da estação  seca a chuvosa foi de -48 a 77 m3/m. A fase acrecional desta praia ocorreu durante o período chuvoso, com  exceção dos perfis C e F, refletindo um padrão atípico para a morfodinâmica praial. A praia da Barra Velha  exibiu uma vulnerabilidade à erosão moderada no setor noroeste e vulnerabilidade alta no setor sudeste. Os  dois setores foram classificados com baixo grau de risco. A variação média da linha de costa foi de -93,14  metros de 2003 a 2019, sendo que nesta praia houve apenas recuo costeiro, indicando uma tendência mais  erosiva da costa. A praia Grande apresentou grau de vulnerabilidade moderado à erosão e baixo risco nos  dois setores estudados. Esta praia apresentou variação média da linha de costa (2003-2019) de -0,54 metros. Ou seja, bem menor que na praia de Barra Velha, confirmando a hipótese de que em virtude do baixo  gradiente topográfico desta última, as variações de médio período na linha de costa são maiores, implicando  numa vulnerabilidade erosiva moderada a alta mais prolongada. Já na praia Grande, as variações  sedimentares são mais modificáveis sazonalmente, devido seu alto gradiente topográfico, implicando numa  vulnerabilidade erosiva mais equilibrada.

 

 

MEMBROS DA BANCA:

Presidente - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Externo à Instituição - MILENA MARILIA NOGUEIRA DE ANDRADE

Externo ao Programa - 1229328 - PEDRO WALFIR MARTINS E SOUZA FILHO

Interno - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO

Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO

DISCENTE: ARNALDO FABRICIO DOS SANTOS QUEIROZ

DATA: 25/11/2021

HORA: 08:00

LOCAL: Plataforma Virtual Google Meet

TÍTULO:

 

 

Microplásticos na plataforma continental amazônica e sua relação com as possíveis fontes continentais.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Oceanografia; Poluição Marinha; lixo marinho; Gerenciamento Costeiro; Amazônia.

 

PÁGINAS: 53

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

O plástico é um composto orgânico sintético com características como durabilidade, resistência a corrosão e baixo custo de produção. Estes atributos levaram ao uso extensivo desses polímeros pelos meios de produção que, associado ao descarte indiscriminado, tornou o plástico um poluente global. Sua fragmentação em tamanhos menores é responsável por diversos impactos, desde a poluição em corpos hídricos e ambientes costeiros até a ingestão por diversos compartimentos da teia trófica. Na região Norte do Brasil a situação se agrava pela baixa estrutura de saneamento básico, o que contribui para o aumento desses poluentes que adentram nos oceanos através das redes de drenagem das bacias hidrográficas. Nesse sentido, determinar a quantidade, distribuição e abundância dos detritos plásticos se faz necessário para conhecer o atual nível de contaminação, e assim, gerar subsídios para medidas de gestão e mitigação. A pesquisa teve como objetivo avaliar os possíveis mecanismos de entradas desses detritos na Plataforma Continental Amazônia (PCA) e descrever o primeiro registro sobre a presença e quantidade de partículas plásticas na PCA, através da análise de MPs em amostras de plâncton coletadas em outubro de 2018, para então responder as seguintes hipóteses: I) I-   A Plataforma Continental Amazônica está contaminada por microplásticos, possivelmente provenientes de fontes continentais que adentra no ambiente marinho; II) A falta de planejamento urbano, a expansão desordenada das cidades e a baixa estrutura de saneamento básico, indicam as regiões hidrográficas Amazônica, Tocantins-Araguaia e Atlântico NE Ocidental como contribuintes de detritos plástico na PCA. A amostragem foi realizada através de um cruzeiro oceanográfico que coletou amostras em 32 estações distribuídas ao longo da PCA a partir da retirada de 60L de água da superfície e posterior filtragem por uma rede com malha de 64µm. Como resultado, foram identificadas 6.204 partículas, com abundância variando de 1.233 a 5.767 (2.696 ± 1.185) Mps.m-3. Os fragmentos foram o tipo predominante de partículas, correspondendo 52% do total, seguidos por fibras (41%), espumas (4%) e esferas (3%). Em relação ao tamanho, observou-se que mais de 80% dos MPs do tipo fragmento e espumas foram registrados em intervalos de tamanhos menores que 300µm, que habitualmente servem como malha para coleta de MPs. As estações de coleta com quantidades mais expressivas de MPs foram as próximas às desembocaduras de grandes bacias de drenagem como a do rio Amazonas e do rio Pará, o que ressalta a provável contribuição destas na quantidade de MPs na PCA principalmente em virtude da densidade populacional ao longo das redes de drenagem e ausência de serviços de saneamento em grandes partes das cidades que nelas se localizam.

 

MEMBROS DA BANCA:

Presidente - 1717330 - JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO

Interno - 2117827 - MARCELO PETRACCO

Interno - 1509135 - NILS EDVIN ASP NETO

Externo ao Programa - 327514 - SIMONE DE FATIMA PINHEIRO PEREIRA

Externo à Instituição - TOMMASO GIARRIZZO

Externo à Instituição - VANIA NEU

DISCENTE: MARCUS VINICIUS RODRIGUES COIMBRA

DATA: 29/10/2021

HORA: 09:00

LOCAL: LAPMAR

TÍTULO:

Especiação do fósforo em rios urbanos: Um estudo de caso dos rios Tucunduba e Tamandaré, Belém/Pará.

 

 

PALAVRAS-CHAVES:

Rios urbanos. Hidrodinâmica. Especiação. Fósforo inorgânico. Fósforo orgânico.

 

 

PÁGINAS: 50

GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra

ÁREA: Oceanografia

RESUMO:

Os centros urbanos enfrentam crescentes pressões quanto aos riscos do gerenciamento inadequado dos recursos hídricos. Essa pressão se torna maior em centros urbanos recortados por cursos d’água, como rios urbanos influenciados por marés. Nestas regiões são comuns o lançamento de esgotos domésticos e as obras de micro e macrodrenagem, que aliadas as características hidrodinâmicas do ambiente interferem na dinâmica hidrogeoquímica, o que gradualmente contribui para a instabilidade e degradação do ambiente e das áreas adjacentes. Nesse contexto, o presente estudo tem caráter relevante no levantamento de informações que irão subsidiar a tomada de decisões relacionadas à alteração nos recursos hídricos urbanos e seus impactos, buscando contribuir nas esferas socioambiental e técnico-cientifica. Avaliar se há variação na especiação do fósforo em rios urbanos. O estudo de caso foi realizado em dois rios urbanos de Belém, o Tamandaré e o Tucunduba, que apresentam características geomorfológicas, hidrológicas e urbanísticas distintas.  Para tal foram realizadas amostragens hidrosedimentares para analises de especiação do fósforo pelo método de extração sequencial (SEDEX) do material particulado em suspensão (transportado pelo fluxo vertical e horizontal). Igualmente, serão feitas medições dos parâmetros hidrodinâmicos, intensidade e direção das correntes. Entende-se contudo que a especiação do fósforo irá variar em função das condições hidrodinâmicas que influenciarão o fluxo do elemento.

 

MEMBROS DA BANCA:

Externo à Instituição - CAMILA CARNEIRO DOS SANTOS RODRIGUES

Interno - 6327943 - MAAMAR EL ROBRINI

Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC

Interno - 870.116.112-15 - MAURICIO DA SILVA DA COSTA - UFPA

Externo ao Programa - 1706878 - SILVIA KEIKO KAWAKAMI

Presidente - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO